O Golf GTE, primeiro híbrido da história da Volkswagen no Brasil, diz unir desempenho esportivo com eficiência energética. Como isso é feito? Vem, que a gente explica.
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Motor elétrico e motor a gasolina:
Para começar, vamos falar de motor: o Golf GTE possui um a combustão de 1,4l TSI com 150 cv e um motor elétrico de 75 kW (102cv). Combinados, oferecem potência de 150 kW (204 cv). Se o motor elétrico for a única fonte de força de propulsão, o Golf GTE pode atingir velocidades de até 130 km/h.
Mais números? Vamos lá: quando toda a potência combinada do sistema é utilizada, o GTE vai de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos, atingindo velocidade máxima de 222 km/h. Ainda mais significativo é o potencial de propulsão superior do Golf GTE, obtido graças à combinação dos motores em paralelo, que produz torque máximo de 350 Nm (35,7 kgfm).
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Tecnologia híbrida e os modos de funcionamento no Golf GTE:
Para iniciar o modo de funcionamento elétrico, basta apenas acionar um botão ao lado do câmbio para entrar no “e-mode”. Nessa condição, apenas o motor elétrico de 75 kW (102 cv) e 330 Nm (33,6 kgfm) é utilizado, o que torna o Golf GTE um veículo totalmente livre de emissões poluentes. Ah, quando você liga o GTE, não tem som de ignição! Se bobear você nem percebe que o carro já está ligado.
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Ao selecionar o modo híbrido, a tecnologia do GTE escolhe qual é o sistema mais eficiente para cada situação de uso do veículo. Se o carro estiver em uma condição em que o motor elétrico for mais eficiente, apenas esse sistema é utilizado. Se precisar de alguma potência adicional, o motor 1.4 TSI é acionado automaticamente.
Vale mencionar também a situação do modo de recarga, em que o motor 1.4 TSI movimentará o veículo. E mais: além de mandar energia para as rodas, o propulsor fornece carga para a bateria.
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Em resumo, o Golf GTE pode ser conduzido no modo totalmente elétrico por cerca de 50 km. Pode parecer pouco, mas isso atenderia à demanda de 2/3 da população que vive nos grandes centros urbanos, ou de sete em cada 10 pessoas na nossa realidade brasileira.
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Volkswagen promete 6 elétricos e híbridos até 2023:
Tratando de perspectiva, não pensem que os híbridos da Volks vão estacionar no Golf GTE. A promessa é vinculada a uma estratégia de eletrificação na América Latina e serão seis carros elétricos e híbridos até 2023. Enquanto isso, a gente fica de olho.
1ª rede de recarga ultrarrápida da América Latina:
Bem, para dar conta dessa frota de elétricos e híbridos vindo por aí, empresas que fazem parte do Grupo Volkswagen, firmaram, em outubro uma parceria estratégica com a EDP (empresa de distribuição de energia elétrica do estado de São Paulo) que prevê a instalação de 30 novas estações de recarga de veículos elétricos no Brasil. Você pode conferir tudo sobre isso aqui no Engenharia 360.
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Nós fomos até o lançamento do Golf GTE conferir as novidades:
Durante o lançamento do Golf GTE, tivemos a oportunidade de conversar com Fabiano Severo (Head de Comunicação de Produto) e com Roger Guilherme (Gerente de Power Train).
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![Volkswagen lança seu primeiro híbrido no Brasil: o Golf GTE [e nós já testamos] Golf GTE híbrido Volkswagen](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/11/WhatsApp-Image-2019-11-12-at-18.50.29-1-1024x768.jpeg)
Segundo eles, a tecnologia de um motor elétrico funcionando em alta tensão com um motor a combustão em um sistema de arquitetura paralela é nova no Brasil. O Golf GTE é o primeiro veículo da marca nesse estilo e, além de dar os primeiros passos com o consumidor, ele também serve para que a própria empresa se adapte a essa nova arquitetura de alta tensão, baterias novas, etc.
![Volkswagen lança seu primeiro híbrido no Brasil: o Golf GTE [e nós já testamos] Golf GTE](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/11/golf-gte-engenharia-360-1-e1573481263286-1024x561.jpeg)
Imagem: @eduardomikail
Essa arquitetura paralela consiste em um motor elétrico síncrono que tem ímãs permanentes em seu rotor. Para explicar, todo motor elétrico contém um rotor e um estator. As bobinas ficam espalhadas em volta do estator (parte fixa). O rotor, que é parte que gira, possui os ímãs e não tem conexão elétrica nele (a corrente só passa no estator). A comutação do campo magnético no estator faz com que os ímãs do rotor acompanhem, fazendo-o girar.
Como não há nenhum contato (sem atrito), a eficiência é elevada e chega a 95% de aproveitamento. Isso é importante em um sistema híbrido: a eficiência é inversamente proporcional ao tamanho da bateria necessária, ou seja, quanto maior a eficiência, menor o tamanho da bateria.
O motor elétrico é combinado com o motor a combustão (1.4 TSI) de forma paralela. A escolha de qual usar é feita por meio de acionamento de um botão no painel, que ativa uma embreagem para “isolar” o motor que não está em uso.
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Eles explicaram, ainda, que à medida que você dirige, o carro volta ao modo híbrido quando a bateria chega a um certo nível (cerca de 20%) mesmo que você não perceba a troca acontecendo. No modo híbrido, os dois motores trabalham juntos. A bateria pode ser carregada usando o motor a combustão (embora o modo mais eficiente seja carregar via plug-in).
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O período de carga aguenta cerca de 50km e o custo disso sai, em média, a R$5,20. Leva pouco mais de 3 horas para a carga completa (tomada de 20 ampères, com 220V), mas algumas tomadas podem permitir uma carga mais rápida (cerca de 2h e 15min), como as de estações de recarga que devem ser instaladas em breve que nós já citamos aqui em um outro texto.
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Uma das grandes vantagens de um veículo como esse é o desempenho aliado à oportunidade de dirigir sem emitir poluentes (no modo elétrico). Ainda, segundo eles, o híbrido é, neste momento, a melhor solução para o Brasil. É necessário investir mais em infraestrutura e, até lá, o híbrido permanece como melhor alternativa.
![Volkswagen lança seu primeiro híbrido no Brasil: o Golf GTE [e nós já testamos] Golf GTE](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/11/golf-gte-engenharia-360-6-e1573481343941-1024x553.jpeg)
Fabiano Severo e Roger Guilherme ressaltam que esse é um grande passo não só para o cliente, mas também para a empresa. O plano é de é que os investimentos em híbridos e veículos puramente elétricos continue, seguindo a tendência sustentável.
![Volkswagen lança seu primeiro híbrido no Brasil: o Golf GTE [e nós já testamos] golf GTE](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/11/golf-gte-engenharia-360-9-1024x768.jpeg)
E tem mais: bicicleta e patinete elétricos.
Além das novidades do GTE a Volkswagen lançou também outras duas opções de mobilidade: a bicicleta e o patinete. Ambos tem um motor elétrico de 350W e atingem uma velocidade máxima de 25km/h no modo elétrico.
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A bicicleta e o patinete possuem 30 km e 20 km de autonomia, respectivamente. Ao inserir esses dois novos itens no mercado, a empresa segue as tendências de mobilidade e sustentabilidade e oferece alternativas para que a pessoa se desloque após estacionar o carro ou até mesmo para que deixe o carro na garagem para percorrer pequenas distâncias.
![Volkswagen lança seu primeiro híbrido no Brasil: o Golf GTE [e nós já testamos] patinete elétrico volkswagen](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/11/golf-gte-engenharia-360-7-1024x576.png)
Preços
O Golf GTE chega ao mercado por R$199.990,00. Já a bicicleta elétrica custa R$11.499,00 e o patinete elétrico R$3.399,00.
Fonte: VW News
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Eduardo Mikail
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
