Na última segunda-feira, dia 11 de março de 2024, o Engenharia 360 participou de uma sessão virtual, a convite da Ford. Na sala virtual, estava Roberta Mädke, gerente de comunicação corporativa, que deu as boas-vindas aos espectadores. Luciano Driemeier, gerente global de novos negócios conectados da Ford, foi quem conduziu a conversa, compartilhando informações que comprovam como a empresa está transformando a experiência do consumidor por meio dos carros conectados e da Inteligência Artificial (IA).
Neste artigo do Engenharia 360, compartilhamos com você um pouco de tudo que foi dito nessa apresentação do Ford Experts, dando uma prévia sobre o que deve impactar mais o futuro da indústria da mobilidade. São focos deste texto o significado de conectividade e a transformação da produção de automóveis. Confira!
O que é conectividade?
No mundo da mobilidade, a conectividade emergiu como um dos pilares fundamentais que definem a experiência moderna de condução.
A conectividade veicular não é mais uma novidade ou um luxo; tornou-se uma necessidade. A Ford, reconhecendo essa tendência e está investindo pesado para garantir que seus veículos não apenas acompanhem, mas liderem essa evolução.
Driemeier começa o seu discurso nos instigando a refletir o que é conectividade, não da forma como é descrito no dicionário, mas na mente do consumidor.
Afinal, quando pensamos nessa relação dos automóveis versus conectividade, o que vem à cabeça? Seria a navegação GPS? O espelhamento de tela e acesso a aplicativos? Ou comandos de voz para controle de funções? Bem, por certo a Engenharia nos proporcionou muito mais em segurança, conforto e entretenimento nos últimos anos. Mas, não é sobre isso que a Ford nos fala agora.
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"A Ford está transformando a experiência do consumidor utilizando a conectividade e Inteligência Artificial."
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Algo que foi bastante enfatizado neste Ford Experts é que as empresas, de modo geral, precisam estar cada vez mais preparadas para o poder da conectividade. Driemeier enfatiza a necessidade da coleta e interpretação de dados para auxiliar motoristas, designers, engenheiros e fabricantes na melhor tomada de decisões. A grande aposta da Ford é explorar o potencial da Inteligência Artificial para realizar uma leitura mais rápida das informações coletadas nos próprios sistemas internos dos veículos.
"Utilizamos a Inteligência Artificial para atuar de forma rápida e preventiva."
A nova arquitetura elétrica da Ford
Nessa apresentação da Ford, Luciano Driemeier cita como exemplo de caso a Ford Ranger. A previsão é de que os novos modelos venham com um sistema de automação aprimorado com seu próprio modem e plano de dados com trocas de informações com a nuvem.
Claro que essa conectividade tem diversos propósitos. O primeiro deles é melhorar a experiência de condução, oferecendo aos usuários atualizações em tempo real sobre as condições dos veículos, como a saúde da bateria e óleo no motor - algo que poderá ser conferido inclusive via aplicativo em smartphones, oferecendo uma camada adicional de conveniência e personalização, tornando cada viagem única.
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Nesse processo, o carro apresenta informações ao consumidor, o consumidor pode ditar ações em dispositivos na palma da sua mão, e tudo isso fica documentado na nuvem.
A grande novidade é que a própria IA da Ford vai fazer uma seleção dessas informações, alimentando um banco de dados. Com sua análise rápida, pode fazer ativar prontamente alertas sobre possíveis riscos aos condutores e seus passageiros ou simplesmente antecipando necessidades - isso porque o modem "lê" o que acontece dentro do carro em operação. Os relatórios gerados na nuvem revelam padrões, auxiliando depois os projetistas a corrigirem possíveis falhas de projetos - evitando os tais recalls.
"Toda essa arquitetura eletrônica é, portanto, desenhada em torno do modem. Isso inclui, câmeras, radares, sensores, e muito mais."
A transformação das relações de mercado
É claro que, com o avanço das tecnologias, a Ford já prevê uma mudança inevitável no mercado de vendas de automóveis. A começar pela transformação de todas as relações, passando por engenharia, produção, consumidor e negócios.
Durante toda a sessão virtual, uma ideia inevitável que veio à nossa mente foi: será que os brasileiros estão realmente preparados para essas mudanças previstas? Pense bem na nossa cultura. Será que os estudantes de Engenharia estão recebendo a devida capacitação para explorar o potencial ou ajudar a aprimorar essas novas tecnologias? Será que nossa sociedade é educada a apreciar essas inovações? E mais, quanto essas novidades podem impactar a economia do país?
Antes mesmo de fazermos essas perguntas, os próprios representantes da Ford no Ford Experts se adiantam e respondem. Sim, existe uma preocupação do setor com tudo isso. Sabe-se que há uma enorme deficiência de profissionais especialistas em tecnologia no mercado nacional. Em contrapartida, existem muitos consumidores interessados em adquirir produtos de melhor qualidade. E, ademais, sobram talentos no Brasil. O que falta então? Educação!
Pensando nisso, a Ford lançou um programa inovador chamado Ford Enter. A iniciativa visa promover a educação tecnológica no país, oferecendo cursos e treinamentos para estudantes, profissionais e entusiastas da área. O objetivo é preparar o Brasil para as mudanças que estão por vir e garantir que o país mantenha uma posição de destaque na Engenharia Automotiva.
A empresa acredita que a educação é a chave para o desenvolvimento do país e que a democratização do acesso ao conhecimento é fundamental para construir um futuro mais justo e próspero para todos.
Qual é o benefício para a Ford nisso? Bem, é simples: ao investir na educação da população, a Ford garante uma mão de obra mais qualificada para conduzir as vendas e manutenções de seus veículos. Como resultado, a população tende a valorizar mais os produtos pelos quais está pagando.
O futuro dos veículos conectados
Driemeier encerra sua apresentação fazendo uma reflexão sobre as janelas abertas para esse futuro dos veículos conectados, casas inteligentes e infraestrutura urbana. Podemos estar diante de uma verdadeira transformação na maneira como vivenciamos várias experiências, inclusive de condução.
Ele afirma que a Ford está hoje explorando ativamente tecnologias emergentes, como a realidade aumentada para navegação e interfaces de controle por gestos, para concretizar essa visão. E é claro que a empresa parece claramente comprometida em liderar a revolução da conectividade veicular, com essa nova abordagem, que combina inovações em Engenharia e Inteligência Artificial.
E você, qual a sua visão para o futuro da mobilidade? Compartilhe conosco na aba de comentários; sua opinião é importante para nós!
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Eduardo Mikail
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