Por que a Engenharia precisa falar mais de concreto ecológico? Bem, já destacamos várias vezes aqui, no Engenharia 360, que a produção de cimento convencional para a produção de concreto, um dos materiais mais utilizados na construção civil, é considerada uma vilã da natureza. Isso porque ela gera um grande impacto ambiental, se valendo da queima de combustíveis fósseis e do aquecimento de minerais, resultando em emissões de CO2.

Pensando nisso, o ex-jogador da NBA Rick Fox resolveu investir, em parceria com o arquiteto Sam Marshall, em um novo tipo de concreto ecológico. Assim, surgiu a startup Partanna, que trabalha na busca por uma revolução no setor da construção civil, para que a nossa sociedade possa enfrentar mais ativamente às mudanças climáticas. Confira, no texto a seguir, sua proposta inovadora e promissora para esse desafio global urgente!

Como o concreto ecológico da Partanna se diferencia do concreto convencional?

A empresa Partanna está lançando no mercado um novo concreto ecológico, diferente do convencional, que vem de um subproduto da produção de aço, a escória. Ele ainda leva água salgada de usinas de dessalinização. E parece que essa mistura, ou essa receita, emitiria muito menos carbono na atmosfera. Além disso, o material seria capaz de absorver ativamente dióxido de carbono - 100 vezes mais rápido do que o concreto "normal".

Como pode-se imaginar, esse concreto ecológico, aposta de Rick Fox, poderia fornecer um cenário diferente para Engenharia, com uma construção civil mais sustentável e atendendo melhor às necessidades de combate às mudanças climáticas.

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Como o concreto da Partanna contribui para a redução de dióxido de carbono na atmosfera?

O concreto que Rick Fox tanto defende faz parte de uma iniciativa para substituir o cimento Portland, muito utilizado na Engenharia Civil. A intenção é absorver ao máximo da atmosfera esse dióxido de carbono nocivo, resultado de reações químicas na produção de concreto. E testes recentes provaram que o concreto ecológico é mais eficiente nisso, capturando os gases durante o processo de cura e ao longo de sua vida útil.

Precisamos nos colocar no lugar de Fox para entender porque uma pessoa como ele, ex-jogador de basquete, iria se importar com tudo isso. É que ele cresceu e viveu por muitos anos nas Bahamas. E essa é uma das regiões do planeta mais afetadas por tempestades e aumento do nível do mar, que são justamente consequências do aquecimento global. E ações como as da empresa ao qual ele é co-fundador podem ser uma solução relevante.

O concreto ecológico da Partanna, por ser mais resistente à elevação do nível do mar, oferece uma alternativa durável para as construções, reduzindo a pegada de carbono e sendo adotado em projetos de construção de casas.

Infelizmente, o concreto da Partanna tem recebido tantos elogios quanto críticas. Ainda é um desafio considerável obter os principais ingredientes, escória e água salgada, a partir de processos como a produção de aço e dessalinização, que podem gerar emissões de CO2. Por isso, a comunidade científica pede, para possíveis investimentos, mais transparência e análise aprofundada sobre a pegada de carbono total do processo de produção do novo material.

Qual é a visão de Rick Fox e da Partanna em relação à aplicabilidade da nova tecnologia?

O desejo de Rick Fox é que a Partanna construa 1.000 casas com seu concreto ecológico nas Bahamas. Essa ação estaria alinhada à missão da empresa, em desvincular o desenvolvimento urbano da poluição, criando soluções inovadoras para as necessidades do futuro. Essas edificações seriam então como um símbolo de uma nova fase para a construção civil, com emissão zero!

Depois das Bahamas, a ideia é implementar as soluções do concreto ecológico da Partanna no Oriente Médio. Isso está documentado num memorando assinado com a Red Sea Global, incorporadora imobiliária de propriedade do Fundo de Investimento Público Saudita.

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Fontes: Yahoo.

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Eduardo Mikail

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