Você já assistiu ao filme "Frankenstein"? Assustador, não é mesmo? Mas o que vamos compartilhar neste artigo do Engenharia 360 não é estória da literatura e cinema, mas uma possível tecnologia de Engenharia Biomédica. A startup BrainBridge anunciou à imprensa em maio de 2024 que está prestes a revolucionar a medicina. Ela afirma que em até 8 anos a neurociência será capaz de conduzir procedimentos de transplante de cabeça. Dá um medo só de pensar, não? Leia mais!
Como seria feito o transplante de cabeça?
Vale destacar que, em princípio, essa transferência de cabeça seria feita apenas com paciente saudável para o corpo de um doador também saudável, que tenha sofrido morte cerebral. O objetivo, conforme a startup, seria encontrar uma solução para doenças incuráveis, como câncer em estágio quatro, Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas. Por certo, isto teria grande impacto no futuro da saúde.
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Passo a passo do procedimento
Nesse caso, para um transplante seguro e eficaz, teoriza-se que os médicos se valeriam de tecnologia de robótica avançada, imagens a nível molecular (visão em tempo real), algoritmos e Inteligência Artificial (IA) de ponta.
Durante a operação, os robôs-cirurgiões reconstruiriam os músculos da face, monitorando os encaixes das células e garantindo uma reconexão precisa da medula espinhal, nervos e veias de sangue. E por ser um procedimento guiado por máquinas, haveria menos risco de erros, aumentando as chances de sucesso.
Uma das promessas da BrainBridge, por exemplo, é a capacidade de preservação da consciência, memórias e habilidades cognitivas do paciente. Essa é uma perspectiva desafiadora, sem dúvidas! Porém, já se sabe que o processo de recuperação pós-operatória não seria simples. O paciente precisaria ficar quatro semanas em uma UTI sem nenhum movimento, para que a cabeça fixe bem ao corpo. Além disso, seria necessária uma extensa fisioterapia e acompanhamento psicológico para ajudar o indivíduo a se adaptar a seu novo corpo.
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Máquina da BrainBridge
É óbvio que você deve estar se perguntando onde entra a BrainBridge nessa história. Bem, ela desenvolveu uma máquina composta por duas unidades com macas automáticas e seis braços robóticos dotados de IA. Justamente seriam esses os braços responsáveis para a realização da cirurgia de transplante de cabeça. Isso pode ser entendido melhor no vídeo divulgado pela própria empresa:
Comparação com outras pesquisas
Quantas vezes já ouvimos histórias parecidas com esta contada neste texto? Por exemplo, em 2017, o neurocirurgião italiano Sergio Canavero disse ter conseguido realizar um transplante de cabeça em cadáveres como treinamento de uma técnica por ele desenvolvida. Isso gerou muita polêmica na comunidade científica. No entanto, nenhum procedimento antes ou depois foi realizado em humanos vivos. Tem a questão ética. O que podemos concluir disso?
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Como podemos imaginar o futuro da Medicina?
O anúncio da BrainBridge gerou diversas reações, desde entusiasmo até ceticismo. Muitos estão questionando a viabilidade do projeto, como podemos imaginar. Mas uma coisa é certa, as inovações estão sempre nos surpreendendo. Então, se desse certo, como a sociedade reagiria? E se pudéssemos salvar pacientes com doenças terminais? A esperança da startup é que sua proposta atraia os melhores cientistas e especialistas globais, impulsionando ainda mais a pesquisa e o desenvolvimento na área.
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Fontes: The News.
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Eduardo Mikail
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