O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte no mundo, ceifando milhões de vidas anualmente. Essa condição ocorre devido a um fluxo sanguíneo deficiente para o cérebro, e a identificação rápida dos sintomas é crucial para salvar a vida do paciente. Nesse contexto, um dispositivo inovador foi desenvolvido para auxiliar no reconhecimento do AVC em tempo hábil. Confira no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Como funciona o dispositivo que pode identificar AVC?
Pesquisadores da Army Medical University e da China Academy of Engineering Physics divulgaram em 2019 a criação de um aparelho que utiliza luz infravermelha para monitorar o fluxo sanguíneo. O dispositivo é equipado com duas técnicas de medição não invasivas, que são fundamentais para a identificação precoce do AVC.
Para determinar a quantidade de oxigênio e sangue em uma área específica, o dispositivo emprega a espectroscopia óptica difusa do infravermelho próximo, uma técnica que analisa a luz espalhada pelos tecidos. E para medir a taxa de fluxo sanguíneo, é utilizada a espectroscopia de correlação difusa. Resumindo, essas duas ferramentas permitem medir o volume, a oxigenação e o fluxo sanguíneo, considerando que a luz infravermelha penetra na pele de 1 a 3 centímetros.
Resultados dos testes
Para testar a eficácia do dispositivo, ele foi colocado no braço de um indivíduo, e uma braçadeira foi inflada ao redor do bíceps, bloqueando temporariamente a circulação sanguínea (semelhante à medição da pressão arterial). Os pesquisadores observaram que a medição da luz diminuiu quando o fluxo sanguíneo foi interrompido, retornando ao normal assim que o manguito foi removido.
Com este novo dispositivo, os cientistas conseguem registrar um perfil abrangente da hemodinâmica do corpo humano. Embora alguns instrumentos anteriores já realizassem essa função, o novo aparelho oferece um complemento valioso ao diagnóstico médico.
Importância da detecção rápida do AVC
A rapidez na identificação do AVC é vital. Quanto mais ágil for a resposta da equipe médica, maiores serão as chances de tratamento eficaz e recuperação do paciente. Portanto, a velocidade de descoberta é essencial no combate ao acidente vascular cerebral.
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Fontes: Phys.org, AIP Advances.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.