Atualmente, uma das áreas mais promissoras da engenharia é a comunicação quântica, destinada a solucionar a transmissão de dados de forma segura e eficiente. E é claro que, como podemos imaginar, um dos setores que mais se preocupa com essa questão de segurança é o militar. Não à toa, recentemente, o IME desenvolveu um tipo de dispositivo emissor de fótons projetado para impulsionar o avanço tecnológico no Brasil. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Sobre a comunicação quântica

Antes de tudo, a comunicação quântica é uma forma de enviar mensagens utilizando o entrelaçamento de pares de fótons ou partículas de luz. Em resumo, o objetivo é enviar qubits de um processador quântico para outro, mesmo a longas distâncias.

Vale destacar que os emissores de fótons únicos são essenciais neste modelo de comunicação; eles permitiriam a transmissão de dados de forma segura, sem o risco de interceptação por hackers. Isso seria, sem dúvidas, vital para qualquer defesa nacional, ajudando a proteger, por exemplo, suas finanças. E é possível que o Brasil esteja neste momento na vanguarda da pesquisa em tecnologias quânticas, caminhando para a redução da sua dependência de tecnologias críticas.

Colaboração e desenvolvimento tecnológico

O Instituto Militar de Engenharia (IME), em colaboração com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), desenvolveu um novo dispositivo emissor de fótons exclusivo. Este é um importante marco para a Engenharia Brasileira!

Este projeto é fruto de um trabalho de uma equipe multidisciplinar, de conhecimentos especializados, que realizou diversos experimentos de detecção de emissão, inclusive dentro do Laboratório de Amostras Microscópicas do CNPEM, integrado ao renomado Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. Isso provou a eficácia do dispositivo para comunicação quântica - algo que, pela sua complexidade, não seria possível sem a colaboração entre instituições de ensino e pesquisa, certamente.

O papel dos fótons únicos na tecnologia

O novo dispositivo emissor de fótons brasileiro é fruto de um projeto que visa atender à crescente demanda por tecnologias quânticas disruptivas e, como explicado antes, garante uma comunicação segura e eficiente. Lembrando que isso é algo fundamental em um mundo cada vez mais conectado, onde a proteção de dados sensíveis é uma prioridade.

A proposta é a seguinte: explorar as propriedades únicas de mecânica dos fótons para interceptar qualquer tentativa de hackers instantaneamente, gerando chaves criptográficas. Qualquer medida não autorizada alteraria o estado quântico dos fótons (princípio da Incerteza de Heisenberg), acusado no dispositivo e, assim, ficando perceptível para os usuários da comunicação.

Perspectivas futuras para a indústria brasileira

O desenvolvimento do dispositivo emissor de fótons únicos marca o início de várias iniciativas estratégicas no IME, todas focadas no avanço das Tecnologias Quânticas. Entre elas, destacam-se:

1. Rede Hermes Quântica: Projeto destinado a criar uma rede metropolitana baseada em comunicações quânticas, provando conceitos fundamentais para aplicações futuras.
2. Programa Quantum: Iniciativa que visa estabelecer o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Quânticas do Exército Brasileiro, consolidando o país como líder em inovação nesse campo.
3. Projeto Pró-Presquisa/DECEx: Estudo sobre o impacto da Inteligência Artificial e das Tecnologias Quânticas nas estratégias de preparo e emprego da Força Terrestre, essencial para a modernização militar.
4. Programa Pró-Defesa/CAPES: Colaboração com 42 instituições para integrar agendas de pesquisa em tecnologias disruptivas, fortalecendo a Segurança e a Defesa Nacional.

A saber, além de suas aplicações em defesa, a tecnologia de comunicação quântica possui um grande potencial comercial. À medida que as empresas buscam maneiras de proteger suas informações, a demanda por soluções quânticas deve crescer. O dispositivo do IME pode, portanto, se tornar um componente importante no mercado de tecnologia, fortalecendo a base industrial do Brasil.

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Fontes: Defesa Aérea Naval, Exército Brasileiro.

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Eduardo Mikail

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