Recentemente, foi anunciado que o IBAMA concedeu à Petrobras a licença para instalar o FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios, na Bacia de Santos; o mesmo contribuirá para que o Brasil avance na produção do pré-sal. Mas vale lembrar que, antes disso, o FPSO Almirante Barroso, na mesma localidade, já está em operação, produzindo cerca de 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. E ainda há planos para expansão de plataformas no campo de Búzios até 2025. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
O que são FPSOs?
Antes de tudo, precisamos explicar que FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) trata-se de um tipo de navio de produção e armazenamento de petróleo e gás usado em operações offshore. Explicando melhor, é uma unidade flutuante de armazenamento e transferência, sem a necessidade de instalações de oleodutos, conectada a vários poços por meio de Manifolds - equipamentos montados no leito marinho que interligam as linhas de produção e injeção nos poços. Alguns especialistas afirmam até que os FPSOs mudaram a indústria global em águas profundas, sendo uma das tecnologias mais importantes hoje em alto-mar.
Vale destacar que, originalmente, os FPSOs eram navios petroleiros modificados para ter novas funções e capacidades produtivas. Agora, eles são construídos a partir de um navio-tanque e em cima dele são montados diferentes módulos - como de tratamento de água, de geração de energia elétrica e tratamento de gás H2S. E quanto ao óleo, ele é tratado em secadores e separadores de sedimentos e levado para os tanques para aguardar o navio aliviador.
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Qual o papel do Brasil no mercado de FPSOs?
O Brasil desenvolveu seus FPSOs em função de seus profissionais especializados, que lideraram o estabelecimento de normas e regulamentações para que os navios petroleiros fossem convertidos em autênticos sistemas de produção. Hoje, nosso país é o maior operador de FPSOs da indústria mundial e detém a maior expertise nesse segmento.
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Capacidade dos FPSOs brasileiros
Especialmente o FPSO Almirante Tamandaré terá capacidade para processar 225 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, tornando-se a maior operação no litoral brasileiro. A embarcação será construída pela SBM Offshore; posteriormente, alugada pela Petrobras por 26 anos; e começará a produção de petróleo, se as previsões se cumprirem, já no segundo semestre de 2024.
Agora, falando sobre os FPSOs que já estão na ativa, além do FPSO Almirante Barroso, podemos citar outras plataformas de petróleo com considerável produção, incluindo:
- FPSO Carioca: 163,981 barris/dia de petróleo, 5,455 milhões m³/dia de gás.
- FPSO Cidade de Maricá: 145,035 barris/dia de petróleo, 5,436 milhões m³/dia de gás.
- FPSO Cidade de Itaguaí: 130,494 barris/dia de petróleo, 7,194 milhões m³/dia de gás.
Previsões para ampliação da capacidade
De acordo com a Petrobras, existe um planejamento para instalação de onze novas plataformas no pré-sal até 2027. Dessas, a ênfase está nas FPSO. Por exemplo, o FPSO Sepetiba, previsto para iniciar a operação até o final deste ano, será instalado no campo de Mero, na Bacia de Santos, com capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo diários (bpd).
Ainda vale citar as unidades que serão colocadas em operação no campo de Mero até 2025, totalizando quatro sistemas. Para a Bacia de Campos, a instalação do FPSO Maria Quitéria em 2025, com capacidade para produzir até 100 mil barris. Por fim, em 2027, o campo de Albacora deve receber o novo FPSO do projeto de Revitalização de Albacora, com capacidade de produzir até 120 mil barris, operando tanto no pós-sal quanto no pré-sal.
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Fontes: epbr, Petronotícias.
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Eduardo Mikail
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