Engenharia 360

Airbus usa conhecimento em aeronáutica para auxiliar atletas das Paralimpíadas 2024

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por Redação 360
| 05/09/2024 4 min
Imagem reproduzida de Airbus

Airbus usa conhecimento em aeronáutica para auxiliar atletas das Paralimpíadas 2024

por Redação 360 | 05/09/2024
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Assim como as Olimpíadas de Paris, os Jogos Paralímpicos 2024 estão sendo um marco na história do esporte. Além de todas as competições e medalhas, vale destacar as inovações de engenharia que se desenrolam nos bastidores. Já citamos antes sobre atletas-engenheiros que usando conhecimento e tecnologia para melhorar seu desempenho nas provas. Mas vale destacar também o trabalho de empresas como a Airbus que contribuem com sua expertise em engenharia para transformar o mundo do paradesporto. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Paralimpíadas
Imagem reproduzida de Wikipédia
Paralimpíadas
Imagem reproduzida de Airbus em Facebook

Airbus e a busca por inovação no esporte

Essa trajetória da Airbus - líder na indústria aeroespacial - contribuindo para o esporte paralímpico começou, na verdade, ainda em 2019, quando o campeão francês de badminton paraolímpico, David Toupé, procurou a empresa em busca de apoio financeiro. Depois, em 2021, a empresa fechou uma parceria com a Agência Nacional do Esporte da França. O objetivo era aplicar o conhecimento dos seus especialistas em engenharia para desenvolver equipamentos de alta performance, elevando o nível das competições nos Jogos.

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Trajetória de criação

No primeiro ano, 40 engenheiros da Airbus se dedicaram a desenvolver uma nova cadeira de rodas para Toupé, levando em consideração suas necessidades específicas e buscando maximizar seu desempenho. O resultado foi uma cadeira de rodas revolucionária que permitiu o atleta competir em um nível nunca antes visto. Ao mesmo tempo, eles trabalharam com o campeão de esgrima Maxime Valet para projetar um novo cabo para as Paralimpíadas de Tóquio.

Já nos anos seguintes, com foco em Paris 2024, mais de uma dúzia de atletas e seus desafios serviram de exemplo de caso. Além disso, foram destinados 5 milhões de euros para as pesquisas. Dos 54 projetos iniciais, 17 foram concluídos com sucesso, incluindo uma ideia para os campeões da equipe paralímpica de ciclismo da França: um tandem (bicicleta dupla, com dois assentos) de peça única - testada pela equipe no Campeonato Mundial do Rio em março passado.

Paralimpíadas
Imagem reproduzida de Paralympic

Claro que muito dessa história foi impulsionado pela experiência de Christophe Debard, engenheiro da Airbus e fundador do Humanity Lab. Esse laboratório se tornou um espaço onde voluntários da empresa trabalham com criações tecnológicas voltadas às pessoas com deficiência.

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Avanços tecnológicos que estão fazendo a diferença

Como podemos concluir, atualmente, a Airbus trabalha não apenas com equipamentos individuais, mas também com projetos coletivos. Após o término dos Jogos, com o encerramento do contrato com a ANS, não se sabe ao certo o que deve acontecer. Mas, pelo que tudo indica, as ações para auxílio dos atletas devem continuar. Até porque em dois anos teremos a edição das Olimpíadas e Paralimpíadas de Inverno, onde veremos disciplinas como esqui alpino, esqui cross-country, snowboard, curling em cadeira de rodas, etc.

É essencial que empresas como a Airbus continuem aplicando sua expertise em áreas como aerodinâmica, materiais e design para criar equipamentos personalizados que atendam melhor às necessidades específicas de todos os atletas.

Especialmente, a França já está se beneficiando demais com o trabalho da Airbus. Hoje, o país já está alcançando, em termos de rendimento, alguns de seus principais concorrentes europeus, como Alemanha e Inglaterra, que são líderes do paraesporte desde os Jogos Paralímpicos de Londres 2012. E isso num país com menos acessibilidade do continente. A saber, em Paris, apenas 9% da rede de metrô é acessível aos deficientes. Essas barreiras precisam ser ultrapassadas já!

Enfim, a Airbus prova que a tecnologia pode ser uma poderosa ferramenta para promoção da inclusão e o desenvolvimento do esporte paralímpico.

Paralimpíadas
Imagem reproduzida de Airbus em Facebook

O futuro do esporte paralímpico

Graças às novas tecnologias, podemos esperar um futuro promissor para o esporte paralímpico. Casos como o da parceria entre Airbus e ANS devem servir de inspiração para novos desenvolvimentos de projetos que beneficiarão ainda mais os atletas com deficiência. E talvez possamos sonhar com um momento em que o esporte será finalmente mais acessível e emocionante para todos.

Infelizmente, apesar dos avanços, o que vemos até agora é o alto custo dos equipamentos esportivos especializados.

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Próteses esportivas, por exemplo, podem custar até 20.000 euros, e quase sempre não são cobertas pelas companhias de seguro ou planos de Seguridade Social, diferentemente das próteses de uso cotidiano. Essa falta de acessibilidade financeira impede competições igualitárias. Mais uma vez, a engenharia pode desempenhar um papel crucial na busca por soluções acessíveis, com inovações em materiais e técnicas de fabricação. Fica a reflexão!

Veja Também: O Legado de Inclusão e Desempenho das Paralimpíadas 2024


Fontes: WorldChurch, MSN.

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