Fazendas verticais são sistemas agrícolas que cultivam alimentos em estruturas verticais, como edifícios ou contêineres empilhados, usando técnicas avançadas de cultivo. Elas maximizam a produtividade por área, permitem o cultivo durante todo o ano, independentemente do clima, e reduzem a dependência de pesticidas, economizando água e energia. Porém, mesmo sendo uma excelente solução, essas fazendas enfrentam crises, com startups declarando falência e inadimplência.
Nesse momento, investidores buscam negócios lucrativos, perdendo interesse na inovação. Empresas como AeroFarms, Kalera e AppHarvest sofrem com falta de financiamento e lucros incertos. Enfim, a rentabilidade das fazendas verticais é um desafio, apesar de seu potencial para enfrentar mudanças climáticas e insegurança alimentar. Saiba mais neste texto do Engenharia 360!
Quais as vantagens das fazendas verticais em comparação com as fazendas tradicionais?
As fazendas verticais têm benefícios como a utilização eficiente do espaço, permitindo que sejam implementadas em áreas urbanas densas. Elas também possibilitam a produção contínua de alimentos. Além disso, reduzem a pegada de carbono ao diminuir o transporte de longa distância dos alimentos. E elas fazem uso eficiente de recursos por meio de técnicas avançadas de manejo.
Para áreas urbanas densamente povoadas, as fazendas verticais são essenciais para garantir a segurança alimentar, fornecendo alimentos frescos e cultivados localmente. No fim das contas, isso promove a conservação dos recursos e a preservação das áreas rurais!
Uma variedade de cultivos pode ser cultivada em fazendas verticais, como folhas verdes, ervas, frutos pequenos, plantas de porte médio, microverdes e brotos. No entanto, é importante selecionar as espécies adequadas e desenvolver técnicas de cultivo apropriadas para esses ambientes controlados.
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Quais são os principais desafios enfrentados na implementação das fazendas verticais?
Antes de tudo, precisamos destacar que fazendas verticais enfrentam diversos desafios, incluindo altos custos iniciais, consumo de energia, gerenciamento da umidade, seleção e otimização de cultivos, e escalabilidade. A construção e operação de uma fazenda desse tipo exigem investimentos significativos em infraestrutura, tecnologia e sistemas de controle ambiental. Aliás, os custos envolvidos incluem aquisição de terrenos, construção das instalações, equipamentos como sistemas de iluminação artificial e controle ambiental, além dos custos operacionais contínuos, como energia elétrica, água, manutenção e insumos.
Para otimizar o crescimento das plantas, as fazendas verticais fazem uso de tecnologias como iluminação artificial com luzes LED, sistemas de controle ambiental para monitorar e ajustar temperatura, umidade, CO2 e circulação de ar, sistemas hidropônicos ou aeropônicos para fornecer nutrientes e água diretamente às raízes, além de sensores e automação para monitoramento e ajuste das condições das plantas. Outras práticas incluem recirculação de água para reduzir o consumo e desperdício, e o uso de Inteligência Artificial e análise de dados para otimizar o crescimento das plantas e melhorar a produtividade.
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Qual o cenário atual das startups de fazendas verticais?
Fazendas verticais estão enfrentando dificuldades financeiras e algumas empresas estão indo à falência devido a avaliações superestimadas, queda do interesse dos investidores, desafios operacionais e margens estreitas. Na verdade, as fazendas verticais ainda não conquistaram bem uma participação significativa no mercado, mas há potencial de crescimento, especialmente em regiões como o Oriente Médio, que enfrenta desafios de insegurança alimentar e busca diversificar seus investimentos. Em resumo, as empresas precisam focar na lucratividade, eficiência operacional e demonstrar resultados tangíveis para atrair investidores e garantir o sucesso a longo prazo.
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Mas devemos pensar positivamente! Afinal, as fazendas verticais são consideradas cruciais para o futuro da agricultura devido à sua capacidade de cultivar alimentos em ambientes controlados. Por isso mesmo, nos últimos anos, várias startups de agricultura vertical surgiram, com algumas delas obtendo investimentos significativos e altas avaliações, apesar dos pesares.
Só que, embora o potencial de crescimento seja promissor, conquistar a tão necessária participação significativa do mercado pode levar tempo. O interesse em financiar fazendas verticais especialmente no Oriente Médio é por conta disponibilidade de energia barata nessa região. Mas isso não diminui a preocupação com a rentabilidade das startups de agricultura vertical. Então, o futuro agrícola parece que continuará incerto.
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Fontes: Infomoney.
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Eduardo Mikail
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