Por certo, você já ouviu falar da tecnologia dos coletes à prova de balas, não é mesmo? Pois bem, ela começou a ser desenvolvida na década de 1950, no período das guerras da Coreia e do Vietnã. Só que, naquela época, ela mais parecia uma armadura medieval, pois eram placas de aço costuradas em pano, muito pesadas e desconfortáveis. Na década seguinte, tudo mudou, com a criação do kevlar, uma fibra sintética de aramida muito resistente e leve, um polímero resistente ao calor e cinco vezes mais resistente que o aço por unidade de peso.
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Novos e melhorados coletes à prova de balas
Modelos em kevlar
O kevlar foi usado nos coletes à prova de balas até os anos de 1990, compondo várias camadas de proteção capazes de acolher as balas e achatar sua ponta, distribuindo seu impacto por todo o tecido, até paralisá-las por completo. E o reforço do colete era feito com placas rígidas de uma cerâmica especialmente resistente.
Modelo em polietileno
Na década de 1990, a empresa AlliedSignal patenteou a Spectra. Trata-se de uma fibra de polietileno muito mais resistente que o aço. Isso por suas moléculas serem esticadas uniformemente em uma só direção; e, desse jeito, elas simplesmente não deformam. Esta foi a tecnologia empregada nos coletes à prova de balas Spectra Shield, bem mais duráveis; sem perder a força em contato com a água; e, além disso, oferecem mais proteção com menos camadas, portanto com menor peso.
Aliás, os coletes à prova de balas Spectra Shield são compostos de duas camadas de fibra, coladas com resina e formando uma rede, selada com dois filmes de plástico e super segura ao impacto de balas, protegida de sujeira, cortes e outros danos.
Um modelo de colete além dos coletes à prova de balas
Modelo que aquece
Nada de baterias e componentes eletrônicos, isolamento ou eletricidade. O colete Entropy Veste - perfeito para atletas se aquecerem nos primeiros minutos do seu treino diário - só não é mais legal que os coletes à prova de balas. Mesmo assim, ele consegue aumentar a temperatura corporal por conta do seu material, capaz de mudar de fase. Basta o usuário pressionar um interruptor mecânico. Depois, o calor é espalhado lentamente pelo torso da pessoa até atingir uma temperatura adequada, bem mais eficiente que os tecidos isolantes típicos ou sistemas de aquecimento eletrônico. É uma reação química surpreendente! E a melhor parte é que ele pode ser tratado, usado e lavado normalmente!
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Como é isso? Bem, o colete Entropy Veste é cheio de tubos preenchidos com um composto químico que pode armazenar e liberar energia. Enquanto está na fase líquida, a peça permanece fria. Mas no momento em que o usuário pressiona um botão, o líquido começa a mudar sua estrutura, liberando calor à medida que a reação progride pelo sistema vascular do colete, transformando-se em um "gel confortável", que pode aquecer até 40 graus Celsius. Assim, à medida que o corpo naturalmente começa a aquecer com a sua atividade. o colete também aquece.
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Para finalizar, o Entropy Veste é reutilizável. Contudo, os especialistas acreditam que seu desempenho pode diminuir um pouco após muitos anos de uso. Por isso, é uma tecnologia ainda em aprimoramento. O que achou? Escreva nos comentários!
Fontes: Super Interessante, El Confidencial.
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Eduardo Mikail
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