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Volkswagen investe em tecido de cannabis para substituir couro sintético

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por Redação 360
| 17/09/2024 | Atualizado em 24/09/2024 4 min
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Volkswagen investe em tecido de cannabis para substituir couro sintético

por Redação 360 | 17/09/2024 | Atualizado em 24/09/2024
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A Volkswagen é uma das maiores montadoras do mundo. E recentemente, a empresa anunciou um plano audacioso rumo à sustentabilidade: substituir o couro sintético utilizado no interior dos seus veículos por tecidos à base de cânhamo, uma planta da família da cannabis. Esse movimento não apenas reflete uma tendência crescente na indústria, mas também pode transformar a maneira como pensamos sobre os materiais utilizados na fabricação de automóveis. Saiba mais neste artigo do Engenharia 360!

A iniciativa da Volkswagen

A Volkswagen se juntou à startup alemã Revoltech GmbH para desenvolver um material vegano, reciclável e de origem vegetal, o LOVR, para substituição do couro sintético em seus veículos. O foco dessa iniciativa é reduzir o impacto ambiental causado pela indústria automotiva, sobretudo diminuindo sua pegada de carbono. Essa mudança é particularmente importante no contexto de crescente conscientização dos consumidores sobre os problemas gerados pelos gases de efeito estufa.

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Imagem de Volkswagen reproduzida de Automotive Business

A saber, a fabricação de veículos é uma das grandes fontes de poluição no mundo. O couro sintético utilizado em painéis e assentos é produzido a partir de derivados de petróleo, um recurso não renovável e altamente poluente. Mas a Volkswagen vê o cânhamo - já usado na produção de alimentos e outros produtos sustentáveis - como matéria-prima promissora para a criação de tecidos substitutos desse couro. É uma estratégia de crescimento e adaptação da empresa às novas exigências ambientais e práticas corporativas mais conscientes.

Por que o cânhamo?

O cânhamo é uma planta versátil, cresce rapidamente e em diversos tipos de solo. Seu cultivo, considerado ecológico, não requer pesticidas pesados ou herbicidas para crescer, reduzindo assim o impacto ambiental da agricultura.

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O LOVR (Leather-free, Oil-free, Vegan and Residue-based), desenvolvido a partir de resíduos de cânhamo que seriam descartados - contribuindo para redução de desperdícios na indústria -, poderia ser reciclado mesmo após desgaste severo de uso. Segundo especialistas, esse material é escalável, e tem potencial para se tornar um padrão de sustentabilidade no setor. Podemos estar diante da nova era dos carros, onde damos adeus de vez ao couro sintético!

A história do cânhamo na indústria

Ao longo da história, muitas empresas além da Volkswagen, têm trabalhado para inovar enquanto tentamos cuidar do planeta. Nos anos de 1940, a Ford, com Henry Ford no comando, já explorava o cânhamo em protótipos conhecidos como "Hemp Body Car" ou "Soybean Car", veículo com carroceria feita de fibras desta e de outras plantas. Apesar de interessante, a ideia não foi para frente.

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Nos últimos anos, outras marcas, como BMW, Porsche e Mercedes, também começaram a explorar o uso de fibras de cânhamo em algumas partes de seus veículos. Além disso, montadoras como Renault e Harley-Davidson anunciaram a substituição de couro animal e plástico por cânhamo em certos componentes.

O desenvolvimento do material LOVR

O tecido LOVR é um tipo de couro, sem óleo, vegano e à base de resíduos. Para sua fabricação, a Volkswagen destaca que o cânhamo utilizado vem de fazendas regionais; a intenção é reduzir ao máximo as emissões de carbono associadas ao transporte de matérias-primas. Já para a fabricação, são utilizadas técnicas avançadas para combinar as fibras residuais da planta e transformá-las em um material adequado para superfícies automotivas.

Nesse caso, a Revoltech GmbH entra nessa história compartilhando sua expertise em tecnologias sustentáveis e materiais inovadores, permitindo que seja possível explorar novas possibilidades no design automotivo.

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Imagem de Volkswagen reproduzida de Cannabis Saúde

O futuro da mobilidade sustentável

Para que o cânhamo possa ser melhor explorado pela indústria automotiva, algumas questões precisam ainda ser superadas. Por exemplo, a aceitação do consumidor continua baixa; muitos países não têm normas e regulações relacionadas ao uso do material; e há a concorrência com outras alternativas sustentáveis exploradas por diversas montadoras, o que torna o mercado bastante competitivo.

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A Volkswagen pretende integrar o LOVR aos painéis e bancos de seus veículos a partir de 2028. Independente disso, o material poderá ser utilizado em outras peças, como em produtos eletrônicos. O potencial industrial dessa planta é mesmo impressionante! Já se tem relatos do uso de cânhamo na fabricação de concreto (como o hempcrete), plástico biodegradável e até mesmo combustível.

Iniciativas como esta podem ser decisivas para a preservação do meio ambiente e o futuro (mais verde) do planeta. A Volkswagen lança esse movimento incentivando empresas de todo mundo - inclusive de Engenharia de Mobilidade - a seguirem-na rumo à sustentabilidade. Se dará certo essa empreitada, se veremos uma transformação no setor automobilístico, só o tempo dirá!

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Cannabis: A Nova Revolução Verde na Engenharia Agrícola

O uso das fibras de cânhamo pela engenharias


Fontes: Automotive Business, Cannabis Saúde.

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