Engenharia 360

Um aeromodelo de 226 kg testa a próxima geração do design de aviões

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por Redação 360
| 10/08/2012 | Atualizado em 05/04/2022 3 min

Um aeromodelo de 226 kg testa a próxima geração do design de aviões

por Redação 360 | 10/08/2012 | Atualizado em 05/04/2022
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Embora o design ainda precise de mais apelo junto a viajantes civis de aviões (grupos de foco detestam assentos do tipo anfiteatro), o Blended Wing Body é uma grande promessa para operações militares. Para melhor estudar este design inovador sem jogar pelo ralo milhões de dólares em P&D, a NASA construiu uma versão menor da coisa — de controle remoto e em escala 1:8,5.

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O X-48B não é um avião de controle remoto comum. Projetado pela Boeing Phantom World em conjunto com o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, o X48 tem uma abertura de asas de 6,1 metros que reproduz com perfeição os recursos operacionais, aerodinâmicos e estruturais do conceito do Blended Wing Body. Um trio de motores a jato JetCat P200 impulsiona o modelo de 226 kg para até 219 km/h com um teto operacional de 3 km e tempo de voo de 40 minutos.

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Sobre o design dos aviões Blended Wing Body

O design do Blended Wing Body (compreensivelmente impopular junto às empresas comerciais) possui uma série de vantagens sobre os aviões convencionais, especialmente como um transporte militar multifuncional, de grande capacidade e para longas distâncias. Achatar o corpo da aeronave para que ela funcione como parte da asa gera menos resistência, o que se traduz em alcance operacional maior, economia de combustível, menos barulho, maior capacidade de carga e custos de fabricação e manutenção menores.

O X-48 Concept foi criado no final dos anos 1990 por engenheiros da McDonnell Douglas. Depois que a McDonnell Douglas foi absorvida pela Boeing, a empresa trabalhou com o Centro de Pesquisas Langley, da NASA, para criar o precursor do programa X-48, um drone com hélices de 5,2 metros de comprimento que chegou a voar um pouco em 1997. Entretanto, na época em que o X-48A, um modelo BWB de 10,6 metros saiu do chão, em 2004, a Boeing já tinha cancelado o projeto.

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Normalmente, quando projetos de P&D como esse são cancelados, eles permanecem assim. Entretanto, em 2007, a Boeing havia voltado a trabalhar pesado no X-48B — uma versão mais robusta e menor do design. Dois 48Bs foram construídos no Reino Unido pela Cranfield Aerospace. O primeiro voou em julho daquele ano nas instalações de testes de Dryden, da NASA, chegando a 2,28 km durante o voo de 30 minutos. “Testes anteriores em túneis de vento e os voos de testes que se sucederam foram focados em aprender mais sobre as características de controle de voo a baixas velocidades do BWB, especialmente durante pousos e decolagens,” disse Norman Princen, chefe de engenharia da Boeing para o projeto. “Saber o quão preciso são nossos modelos em relação a essas características é um importante passo no desenvolvimento deste conceito.” 92 voos de testes e quase dois anos depois, a Boeing e a NASA concluíram os testes iniciais do X-48B, em março de 2010.

Desde então, a Boeing vem trabalhando para aperfeiçoar ainda mais as habilidades do X-48. Embora montado a partir do chassis do X-48B, o novo X-48C é ainda mais silencioso que seu antecessor graças a um design de aeronave Hybrid Wing Body (HWB). Outras mudanças incluem a realocação dos winglets, da ponta das asas para próximos dos motores, o que ajuda a aumentar a estabilidade. Além disso, a Boeing substituiu o trio de motores de 2,22 kN por um par de menores, de 0,4 kN. O modelo C fez o seu bem sucedido voo inaugural na última terça-feira, sobrevoando a Base da Força Aérea Edwards, no Deserto de Mojave, California.

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Via: Gizmodo

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Eduardo Mikail

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