O Japão está situado no encontro de três placas tectônicas (Pacífico, Euroasiática Oriental e das Filipinas). A localização do arquipélago japonês é a causa dos frequentes abalos sísmicos que o país enfrenta de tempos em tempos. Basicamente, a movimentação e o choque entre essas placas é o que provoca os abalos, assim como deslizamentos de terra e tsunamis. E é por isso que o país precisa investir em tecnologias anti-terremotos.
Diante desse tremores, o Japão apresenta estratégias para a redução de danos e proteção da população. Treinamentos de como agir durante os terremotos são realizados gratuitamente pelo corpo de bombeiros em todo o país.
Esses treinamentos contribuem muito para a proteção dos japoneses, mas o diferencial está na engenharia.
Os edifícios apresentam em suas fundações um sistema de molas para absorver os tremores. Nas junções entre as colunas é colocado um material especial que dissipa a energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas.
Quando os edifícios estão muito próximos, uma mola é colocada entre eles para que não ocorram eventuais choques.
Em todos os andares, estruturas de aço internas nas paredes ajudam a suportar o peso do prédio.
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Outra tecnologia importante é o uso de pêndulos para amortecimento inercial. Uma esfera suspensa e pesada movimenta o prédio no sentido contrário às vibrações ocasionadas pelo terremoto. Controlado eletronicamente, esse mecanismo diminui as vibrações dos prédios em até 60%.
O custo dessas tecnologias anti-terremotos é elevado e apenas os prédios modernos as apresentam. É por isso que o governo japonês arca com uma porcentagem dos gastos para que edifícios antigos consigam se adequar. O valor para salvar um vida é inestimável.
Veja também: Como projetar edifícios à prova de terremotos (e por que isso é tão importante)
Referências: G1; PensarGeo; Constru360; TotalCAD.
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.