Engenharia 360

Entenda por que a Tailândia está instalando 144 mil painéis solares em plataformas flutuantes

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por Joachim Emidio
| 04/10/2021 | Atualizado em 09/05/2023 3 min

Entenda por que a Tailândia está instalando 144 mil painéis solares em plataformas flutuantes

por Joachim Emidio | 04/10/2021 | Atualizado em 09/05/2023

A Tailândia apresenta soluções para a implementação de painéis solares. A obra fica na região nordeste do seu território, e será a maior do país.

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A Tailândia apresenta soluções para a implementação de painéis solares. A obra fica na região nordeste do seu território, e será a maior do país.

Painéis solares não são regra quando se trata de obtenção de energia elétrica no Brasil. Em contrapartida, seu uso se torna cada vez mais recorrente em várias partes do mundo. É o caso da Tailândia, que apresenta uma interessante solução para a implementação dessa tecnologia. Trata-se de uma obra localizada na região nordeste da província de Ubon Ratchathani, que será a maior instalação de painéis solares do país.

Obra da Tailândia faz parte de projeto a longo prazo

Neste mês de outubro, será finalizada a primeira etapa da obra de Ubon. Serão cerca de 144.400 painéis solares que irão flutuar sobre uma barragem, ocupando aproximadamente 120 hectares de água. A primeira fase já deve iniciar suas atividades ainda em 2021. Além disso, as outras etapas consistirão na instalação de mais oito fazendas como essa - algo previsto para os próximos 16 anos.

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O aparelho estatal EGAT (Autoridade de Geração de Eletricidade da Tailândia) é responsável pelo projeto-piloto. "Quando todos os projetos forem concluídos em cada barragem, teremos capacidade total para gerar 2.725 megawatts", diz o chefe do projeto, Chanin Saleechan.

Com a grandiosidade do projeto, o governo tailandês espera também um significativo impacto no turismo. Ou seja, o país pode despontar, nos próximos anos, como um forte atrativo para viajantes curiosos do mundo todo - mais do que já é hoje.

Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: Reuters
Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: REUTERS/Prapan Chankaew
Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: Reuters
Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: REUTERS/Prapan Chankaew

Tecnologia antiga é resgatada como solução para problemas contemporâneos

Após anos insistindo no uso de combustíveis fósseis, a Tailândia agora passa a fazer o máximo para reduzi-lo. Por exemplo, em 2018, o país abandonou dois projetos de construção de usinas de carvão realizados na região sul do seu território. Além disso, o projeto de longa duração realizado agora visa atingir o objetivo de ter mais de 35% da energia vinda de fontes renováveis antes de 2037.

Apesar de aparecer como uma solução para os problemas ambientais globais dos últimos anos, a tecnologia dos painéis solares não é tão recente assim. Foi em 1839 que o físico francês Edmond Becquerel descobriu o efeito fotovoltaico. Quase 50 anos depois, em 1883, o norte-americano Charles Fritz já havia criado a primeira célula fotovoltaica, feita de selênio - elemento de número atômico 34.

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Embora, hoje, seja o silício - de número atômico 14 - o elemento químico usado nos painéis solares, pode-se dizer que a possibilidade de usar a luz do sol como fonte de energia elétrica já está em desenvolvimento há pelo menos 130 anos.

Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: Reuters
Trabalhadores na obra sobre represa em Ubon Ratchathani. Fonte: REUTERS/Prapan Chankaew

Fontes: Reuters; World Economic Forum; PVTech; Vivint Solar; Época Negócios.

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Joachim Emidio Ribeiro Silva

Pesquisador, professor e artista. Colaborador do E360, difunde notícias e atualidades da Engenharia e todos os seus desdobramentos. É especialmente curioso sobre os campos de intersecção entre Engenharia e Música, como a Acústica e a Organologia. Atualmente é pós-graduando em Performance Musical pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, SP.

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