Fábio Teixeira ganhou uma bolsa de estudos na International Space Uninversity (ISU) e sua empresa desenvolveu uma tecnologia que permite lançar nanosatélites que fotografam a superfície terrestre e, através de mecanismos de “machine learning”, conseguem determinar as condições do solo, quais nutrientes são necessários, qual seu grau de fertilidade ou quais pragas estão atacando as plantações.
O brasileiro e investimentos da NASA, juntos eles foram os responsáveis pela criação da startup Hypercubes. O carioca Fábio Teixeira, que estudou na Singularity University, dentro do campus da Nasa, no Vale do Silício, fundou a empresa em 2015.
A identificação do solo é possível graças aos sensores, chamados de imageadores hiperespectrais, de alta resolução e que permitem a captação de imagens e de informações detalhadas, como as propriedades físico-químicas do solo e das plantas e informações morfológicas, tudo isso de maneira remota. Todos esses detalhes, inclusive, tornam esse tipo de sensor mais completo do que o multiespectral, que possui menos bandas espectrais.
As imagens são captadas a cada 90 minutos, com o equivalente a 100 terabytes de informações. Após os dados serem recebidos, são utilizados por especialistas para as melhores soluções na agricultura e até mesmo em áreas utilizadas para a mineração. Pela quantidade recebida, há uma seleção do que será necessário entre os dados que foram captados, o que é possível com o auxílio da inteligência artificial.
Com relação à Hypercubes, já há previsão de aumento da equipe. O objetivo é enviar o primeiro satélite para a Estação Espacial Internacional (ISS). A startup já ganhou o apoio da Nasa, e já chamou a atenção de outros empresários. O valor previsto para o lançamento do satélite é de US$300 mil, uma tecnologia mais barata do que os modelos convencionais.
Acabar com a fome - Nanosatélite
O sonho de Fábio Teixeira vai mais além: combater a fome com o seu nanosatélite. A partir do acompanhamento das condições do solo, aumenta-se a produtividade o que, se bem conduzido, traz importantes soluções no combate à fome, problema mundial. Para possibilitar ajuda a quem mais precisa, o objetivo é rentabilizar as atividades da empresa a partir do trabalho voltado a grandes clientes que contratem os serviços da Hypercubes.
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Com os recursos obtidos após o trabalho desenvolvido a grandes companhias, a partir da disponibilização das imagens e informações necessárias, seria possível investir em um trabalho voltado à toda sociedade. O mesmo valeria para iniciativas em parceria com o Governo e instituições públicas. A tecnologia e o trabalho da startup poderiam ainda favorecer o acompanhamento e prevenção a desastres, como o ocorrido em Mariana.
Vale a pena acompanhar as novidades dessa iniciativa no Vale do Silício, e que pode melhorar a produção de alimentos, principalmente a quem mais precisa.
Fontes: StarteSe, Estado de S. Paulo, Mundocoop, Oficina de Textos
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Luciana Reis
Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.