A ideia de hackers na cultura popular sempre foi de pessoas altamente técnicas, que invadem sistemas usando seus conhecimentos avançados de informática para roubar dados ou causar prejuízos. Mas a verdade é muito mais complexa — e intrigante. Por trás das invasões digitais mais comuns está uma arma poderosa, que não depende só de tecnologia: a engenharia social. Você sabe o que ela realmente é? E qual a conexão entre essa técnica e os hackers? Venha desvendar com o Engenharia 360!

O que são hackers?

Hackers são indivíduos que, de modo geral, entendem profundamente de sistemas e informática. Eles podem usar esse conhecimento para fins diversos: desde proteger sistemas (hackers éticos) até invadir por interesses ilícitos (hackers criminosos). Porém, diferente do que muitos pensam, nem sempre os ataques acontecem por meio de falhas técnicas ou invasões sofisticadas.

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Um exemplo clássico é o do hacker americano Kevin Mitnick, cujo método principal não era invadir sistemas por brechas tecnológicas, mas sim manipular pessoas para que fornecessem as senhas. Ou seja, ele “entrava pela porta da frente” ao conseguir que a própria vítima entregasse o acesso. Essa forma de ataque coloca as pessoas no centro da segurança — e também da vulnerabilidade.

O que é engenharia social?

No contexto da segurança da informação, a engenharia social é o conjunto de técnicas usadas para manipular as pessoas a revelar informações confidenciais ou realizar ações que comprometem a segurança. Ao invés de explorar falhas técnicas, o foco está em falhas humanas, como a confiança e a desatenção.

Imagine receber um e-mail dizendo que você precisa atualizar seus dados bancários ou que ganhou um prêmio especial. Se você clicar no link e baixar um programa infectado, já sabe, não é? Exato! Estará, sem perceber, entregando o controle do seu computador aos golpistas.

Esse tipo de golpe não exige conhecimentos complicados de informática, apenas a persuasão e a exploração da curiosidade ou do medo da vítima.

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Exemplos práticos da engenharia social e golpes comuns

Fraudes bancárias via e-mail

Mensagens falsas enviadas em massa, para enganar o máximo de pessoas possível. Quando a vítima clica no link e baixa o malware, os hackers têm acesso às senhas bancárias.

Hackers e Engenharia Social
Imagem gerada em IA de Google Gemini

Golpe do bilhete premiado

Uma técnica antiga onde o golpista convence a vítima de que tem um bilhete premiado e não pode resgatar, oferecendo-o para a pessoa mediante pagamento adiantado. Adaptado para promoções falsas via SMS, WhatsApp e e-mail, esse golpe ainda é muito usado.

Hackers e Engenharia Social
Imagem gerada em IA de Google Gemini

Golpe do falso sequestro

O criminoso finge ter sequestrado um familiar e pede resgate, usando informações reais retiradas das redes sociais para tornar o golpe mais crível.

Fraude com caixas eletrônicos

No golpe em que o cartão fica preso na máquina, as vítimas ligam para um número falso do banco, onde entregam informações pessoais para os golpistas, que depois usam para roubar dinheiro da conta.

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A relação entre hackers e engenharia social

Hackers que usam a engenharia social contam com a maior vulnerabilidade do sistema digital: as pessoas. Uma técnica que envolve persuadir a vítima para ceder senhas ou dados é muitas vezes mais eficiente do que qualquer ataque técnico complexo.

No Brasil, os hackers melhoraram muito tecnicamente ao longo dos anos, mas continuam usando a engenharia social como uma ferramenta essencial. Para eles, basta que algumas vítimas caiam no golpe — a partir daí, é só “entrar pela porta da frente” e acessarem tudo que precisam.

Hackers e Engenharia Social
Imagem gerada em IA de Google Gemini

Como se proteger da engenharia social?

O grande desafio da engenharia social é que não existe uma solução tecnológica simples para evitá-la. Muito do que podemos fazer depende de senso crítico e cuidado na hora de agir.

Reflita sempre antes de clicar em links, baixar arquivos ou fornecer informações pessoais, mesmo que a mensagem pareça oficial. Pergunte-se: “Eu realmente tenho certeza de que essa informação é verdadeira? Como posso confirmar isso?”. No caso de contatos via telefone, por exemplo, ligue diretamente para o número oficial da empresa ou banco, e não para o telefone fornecido pela mensagem suspeita.

Além disso:

  • Evite compartilhar dados pessoais em redes sociais abertamente.
  • Desconfie de ligações e mensagens que criem senso de urgência ou promessas fora do comum.
  • Procure sempre confirmar informações por fontes confiáveis.
  • Invista em educação digital para reconhecer os tipos de golpes.

Por que você precisa entender isso?

Quando falamos de hackers, não podemos nos limitar à ideia de meros especialistas em invasão. A segurança digital envolve a compreensão do comportamento humano e da manipulação psicológica.

A engenharia social mostra que, muitas vezes, o maior risco não está nos sistemas ou nas tecnologias, mas nas próprias pessoas que os usam. Por isso, conhecer esses golpes e a forma como eles são aplicados é fundamental para evitar ser vítima.


Fonte: G1.

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