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Quanto Vale um Meteorito? Descubra o Valor de Pedras Espaciais

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por Redação 360
| 11/09/2023 | Atualizado em 19/04/2024 5 min
Imagem de Victor Salazar por Pixabay

Quanto Vale um Meteorito? Descubra o Valor de Pedras Espaciais

por Redação 360 | 11/09/2023 | Atualizado em 19/04/2024
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Talvez devêssemos começar este texto do Engenharia 360 citando o que é um meteorito. Pois bem, trata-se de um fragmento de rocha espacial que atinge a superfície da Terra. E há diferentes tipos, desde simples poeira a corpos celestes com quilômetros de diâmetro.

Vale enfatizar neste artigo do Engenharia 360 que tudo começa com a formação de uma pedra espacial, quando há o descolamento de um fragmento de um asteroide, cometa ou restos de planetas desintegrados, assim chamado de meteoroide. Esse meteoroide viaja pelo espaço até entrar na órbita da Terra, sobreviver à passagem pela atmosfera e finalmente cair no solo, onde se torna um meteorito.

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Meteorito
Imagem de Родион Журавлёв por Pixabay

Diferentes tipos de meteoritos

Os tipos de meteoritos podem ser resumidos da seguinte forma:

  • Rochosos (Aerólitos): São compostos principalmente de minerais silicatos, como olivina e piroxênio. Eles representam a maioria das pedras espaciais que caem na Terra.
  • Metálicos (Sideritos): São ricos em metais, principalmente ferro e níquel. Eles geralmente têm uma superfície metálica brilhante.
  • Metálico-Rochosos (Siderólitos): São uma combinação de minerais silicatos e metais. Possuem uma aparência distintiva de metal inserido em uma matriz rochosa.
  • Condritos: São os rochosos que não sofreram uma diferenciação significativa e são os mais primitivos, mantendo características de quando se formaram.
  • Condritos Carbonáceos: São um tipo especial de condritos que contêm material orgânico e são considerados importantes para o estudo da origem da vida.
  • Lunar e Marciano: São fragmentos da Lua e Marte, respectivamente, que caíram na Terra. Eles são raros e altamente valorizados devido à sua origem.
  • Hammer: São as que atingiram algo ou alguém durante a queda, tornando-os exóticos e raros.

Classificação de raridade

Alguns meteoritos são considerados raros pela comunidade científica. Claro que só o fato desse fragmento chegar à Terra já é um evento excepcional, e ainda se sabe que existe uma probabilidade limitada de ocorrer em locais específicos. Mas é que essas rochas espaciais contêm amostras únicas de eventos cósmicos e corpos celestes, como colisões de asteroides ou fragmentos de planetas, que são acontecimentos extraordinariamente raros.

Imagine obter um meteorito da Lua ou de Marte. Tais amostras são hoje muito estudadas com base no foco das atuais expedições espaciais. Na verdade, pode-se dizer que cada pedra espacial é capaz de narrar um evento distinto, como de colisão com objetos ou outros impactos notáveis, o que contribui para seu valor tanto no âmbito científico quanto no mercado de colecionadores.

Meteorito
Imagem de Hans por Pixabay

Em resumo, a raridade dos meteoritos está intrinsecamente ligada à sua origem, narrativa histórica e características singulares.

Observação: Meteoritos orientados são aqueles que adquiriram uma forma aerodinâmica durante a reentrada na atmosfera da Terra, o que os torna mais valiosos devido à sua aparência única. Já pedras planetários e lunares são fragmentos da crosta de planetas e da Lua que se desprenderam há bilhões de anos.

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Procedência e comércio de meteoritos

Muita gente não sabe, mas é possível comprar uma pedra espacial - assim como vender, se você tiver a sorte ou azar de que uma rocha dessas caia em seu quintal de casa. Só que é preciso estudar esse mercado, para não ser enganado por golpistas. Por isso, tente conhecer a procedência da rocha e verifique a confiabilidade do vendedor antes de realizar qualquer transação de valores!

No mundo, existem dezenas de empresas que exploram o comércio de pedras espaciais. Dentre as mais famosas está a empresa dirigida por Robert A. Haag, que é conhecido como o "homem meteorito", que possui uma das maiores coleções particulares de meteoritos do mundo. Haag vendeu mais de um milhão de dólares em meteoritos e possui uma base global de clientes.

Quem não quer comprar meteorito dessas empresas ou colecionadores pode ir a campo. Contudo, essa procura é uma tarefa complicada no Brasil devido ao clima úmido e à vegetação que dificultam a visibilidade. Infelizmente, em comparação com outros países, como os Estados Unidos, a quantidade de pedras espaciais descobertos no Brasil é relativamente baixa.

Meteorito
Imagem de kie-ker por Pixabay

Fatores que influenciam no preço de um meteorito

A tabela de preço usada por estas empresas - que não é fixa - leva em consideração a procedência da pedra espacial, que indica sua raridade e ocorrência. Assim, meteoritos que caíram recentemente e são encontrados em abundância tendem a custar menos do que aqueles que caíram há muito tempo e são raros. Mas, como exemplo, alguns meteoritos lunares chegando a custar milhares de dólares o grama.

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Recapitulando, meteoritos são vendidos com base em vários fatores, incluindo:

  • raridade, tipo (rochoso, metálico, etc.), tamanho, estado de conservação e origem.

Colecionadores de pedras espaciais desempenham um papel fundamental no estudo dessas rochas espaciais. Eles fornecem com frequência informações valiosas sobre a composição química e a história dos objetos encontrados. Por isso, juntamente com a comunidade científica, devem contribuir para as análises econômicas, de preservação e disseminação desses objetos extraterrestres, tornando-os acessíveis para estudo e apreciação pública.

Realizando uma busca rápida na Internet, encontramos diferentes exemplos de meteoritos à venda. Por exemplo, tipo 'Taoudenni', de 24.37 kg, por R$105,00; africano NWA L6, de 11,3 cm, por R$ 1.668,00; queniano 'Azeitona', de 26 cm, por R$27.565,23; e modelo Moldavita, aproximadamente 2 g, entre R$700,00 e R$1.300,00.

O futuro do estudo e exploração de meteoritos

Queremos comentar que, em outubro de 2023, cientistas descobriram material inesperado em amostra do asteroide Bennu, que pode fornecer informações cruciais sobre sua composição e origens.

A missão OSIRIS-REx da NASA coletou a amostra após uma jornada de 7 anos e agora está analisando o material. A abundância de detritos encontrados no recipiente revela um "bom problema" de excesso de material para coletar, o que pode atrasar a análise da amostra principal. Os cientistas usaram várias técnicas, como microscopia eletrônica e raios X, para examinar a amostra e obter informações sobre a composição química, minerais e possíveis contribuições dos asteroides para a Terra no passado.

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Fontes: Terra, R7.

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