Você já ouviu falar em 'aeroporto de foguetes'? Aqui vai um exemplo: o Andøya Spaceport, o primeiro aeroporto espacial da Europa, está localizado na ilha de Andøya, dentro do Círculo Polar Ártico.trata-se de um modelo de instalação própria para o lançamento de foguetes, como diz o nome, e também satélites e veículos espaciais. E sua construção tem por finalidade facilitar e garantir que esses lançamentos sejam mais seguros e eficientes. Traduzindo: é uma plataforma para missões espaciais.
Isar Aerospace, a empresa que lançará o primeiro foguete no Andøya Spaceport, é uma startup alemã.
Estima-se que o custo de cada lançamento no Andøya Spaceport será entre 10 a 12 milhões de euros. E a frequência planejada é de 15 lançamentos por ano, principalmente de satélites de pequeno e médio porte. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
O primeiro lançamento no Andøya Spaceport
A trajetória da Agência Espacial Europeia pelo seu acesso independente ao espaço da não foi fácil. Primeiro ocorreu o desmantelamento do Ariane 5, depois atrasos do Ariane 6, e falta de alternativas locais. Foi aí que a ESA resolveu ceder e assinar um acordo com a SpaceX para poder realizar lançamentos de satélites no seu aeroporto de foguetes com a NASA. Mas, ao mesmo tempo, startups europeias, como Isar Aerospace e Rocket Factory Augsburg, começaram a se tornar viáveis comercialmente. E são essas as empresas que hoje tornam a Europa mais competitiva no espaço, planejando lançamentos a custos mais baixos.
Essas mudanças de mercado possibilitaram a construção do primeiro aeroporto espacial da Europa, que está localizado em Nordmela, na ilha de Andøya, dentro do Círculo Polar Ártico, chamado Andøya Spaceport. A saber, o primeiro lançamento nesta plataforma deve acontecer em 2024.
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O foguete da startup alemã Isar Aerospace
O que já se sabe é que o primeiro lançamento no Andøya Spaceport será com um foguete de dois estágios da startup Isar Aerospace, o Spectrum. A boa notícia é que os primeiros testes realizados foram bem-sucedidos.
Os testes preliminares indicam que tudo deve dar certo. E isso é bom, pois existe uma urgência em atender à demanda de transporte de satélites de pequeno e médio porte ao espaço. Então, por hora, a empresa busca resolver o gargalo do acesso soberano e competitivo ao espaço na Europa.
A Europa busca sua independência
Atualmente, diversos países possuem seus aeroportos de foguetes. Precisamos destacar os da Rússia (com a Roscosmos), China (com a CNSA), Índia (com a ISRO) e França (com o CNES), usados para suas próprias missões ou para missões internacionais e comerciais. Agora, nada se compara à plataforma norte-americana, de consórcio entre a NASA e empresas privadas como a SpaceX, que está em grande ascensão, com uma grande frequência de lançamentos.
Inclusive, pode-se dizer que a SpaceX, com esse aeroporto de foguetes, revolucionou praticamente o acesso ao espaço, até normalizou esses eventos - foram cerca de 100 lançamentos só em 2023. Mas a ESA, a agência europeia, quer fugir dessa hegemonia e ter a sua independência. Por isso, passou a apostar em iniciativas como o primeiro "aeroporto de foguetes" na Noruega. Esse foi um projeto ambicioso que agora começa a virar realidade.
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A visão de longo prazo para a exploração espacial
Os cientistas afirmam que todo o cenário futuro aponta para uma realidade em que os lançamentos de foguetes e missões espaciais serão tão comuns quanto os voos aéreos. Seria mais do que explorar a Lua e Marte, mas transformar essas missões numa realidade multiplanetária para os humanos. Contudo, por outro lado, alguns afirmam que pode haver uma diminuição no interesse público à medida que as missões se tornem mais frequentes e rotineiras.
Confira imagens de simulações 3D de como pode ficar o complexo desse 'aeroporto de foguetes' Andøya Spaceport da Noruega no futuro:
Então, o que você acha? Será que em breve irmos a esses aeroportos de foguetes será uma atividade normal para nós? Ou haverá uma diminuição do interesse público nisso, assim como ocorreu o declínio do interesse nas missões Apollo após seu sucesso inicial? Escreva sua resposta na aba de comentários logo abaixo!
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Fontes: Época Negócios.
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Eduardo Mikail
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