Cada fase da história da humanidade foi marcada por grandes inovações tecnológicas, como o desenvolvimento da imprensa, a invenção da bomba atômica e o lançamento do computador. Agora vivemos uma nova corrida espacial, com empresas privadas lançando seus próprios foguetes e satélites. E estamos prestes a ver a SpaceX de Elon Musk, em parceria com a startup Vast de Jed McCaleb, apresentar a primeira estação espacial privada do mundo. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A primeira estação espacial comercial

'Haven-1', este é o nome da primeira estação espacial comercial do mundo. Ela foi projetada para receber turistas e também servir de base para experimentos científicos de ponta. Está prevista para ser lançada em 2025 (com auxílio do foguete Falcon da SpaceX) e já hospedará os primeiros visitantes em 2026, com todo o conforto e tecnologia.

Vale destacar que essa obra não se trata apenas de uma nova adição ao espaço, mas de uma revolução na forma como pensamos até mesmo em turismo e pesquisa em ambiente espacial. O próprio McCaleb acredita que a humanidade está prestes a conseguir viver fora da Terra e que ele está determinado a facilitar essa transição - será que consegue? Sua equipe é composta por ex-funcionários da SpaceX e até da Apple, e sua empresa afirma ter como objetivo criar estações espaciais extremamente luxuosas e com ferramentas de última geração.

O design inovador da Haven-1

Segundo os desenvolvedores, a Haven-1 será uma estação bem diferente da atual ISS (Estação Espacial Internacional) que conhecemos - e que está prestes a se "aposentar". Seu design será minimalista, muito funcional e utilitário. A arquitetura planejada deve lembrar um hotel de luxo, com ambientes acolhedores e aconchegantes, de superfícies macias e detalhes em madeira resistente ao fogo, escondendo equipamentos e fiações.

Os designers preveem camas especiais para o sono em microgravidade dos passageiros, com direito a edredom inflável capaz de aplicar pressão uniforme, facilitando o descanso perfeito. Os quartos terão armários, penteadeiras e sistemas de entretenimento, além de contando com as soluções de comunicação Starlink, para reduzir a sensação de isolamento e permitindo interações com familiares.

No centro da estação, os visitantes desfrutarão de uma área comum multifuncional, para realização de refeições, reuniões e exercícios físicos. Os recantos devem contar com iluminação especial, simulando um ciclo circadiano natural, ou seja, o ritmo natural do corpo humano, regulando as atividades e processos biológicos ao longo do dia. E quem tiver mais saudades de casa poderá admirar a Terra de uma grande janela de observação.

O laboratório para inovação científica

Como dito antes, a Haven-1 deve atender também a um público científico. A estação deverá contar com um laboratório completo (com apenas 10 slots de carga útil do tipo Middeck Locker Equivalent), equipado com tecnologias que possam ajudar nas conduções de experimentos como microgravidade. E com a conexão Starlink, será possível acompanhar e comandar as pesquisas em tempo real. Tudo isso deverá contribuir demais para avanços importantes em diversas áreas da ciência.

Pelo que tudo indica, o projeto de design final da Haven-1 foi influenciado pelo feedback dos astronautas da NASA que já estavam no espaço. Aspectos como regulação dos ritmos circadianos e controle de temperatura e iluminação foram cuidadosamente considerados para otimizar a experiência dos ocupantes. Mesmo assim, não será qualquer um que viajará na estação. Todos deverão passar por treinamentos rigorosos de segurança antes de embarcar nas missões.

O futuro do turismo espacial

Talvez estejamos apenas seguindo o curso natural das coisas. Afinal, com o crescimento das tecnologias espaciais e a possibilidade de conduzir pesquisas científicas fora da Terra, parece até normal pensar que o futuro será com a exploração espacial cada vez mais próxima de todas. De todo modo, essa possibilidade bem que assusta - parece até ficção científica!

Essa nova abordagem, de expansão da presença humana no cosmos, pode abrir inúmeras portas para os engenheiros, trabalhando para que essas ideias tão ousadas se tornem metas tangíveis.

A Vast parece estar certa de que o melhor, no momento, é manter essa aliança com a SpaceX, inclusive porque a empresa de Musk já possui vasta experiência no envio de equipamentos e tripulações ao espaço. Assim, deixando o transporte a cargo da parceira, a startup poderá se concentrar melhor no desenvolvimento interno e na infraestrutura da estação. E, se tudo der certo, a ideia é construir, na sequência, estações espaciais ainda maiores e com mais capacidades de pessoas, talvez com foco nas missões para Lua e Marte.

Por hora, a promessa é de estadias para quatro pessoas até 10 dias - com os hóspedes sem controle de itinerário, só de ajustes de temperatura, iluminação e outras condições do ambiente interno. E quanto deve custar essa brincadeira? Bem, os números ainda não foram divulgados. É esperado que sejam acessíveis apenas a um público seleto, com muito dinheiro. Mas quem sabe não podemos sonhar com um tempo em que o acesso ao espaço estará democratizado, sendo possível que mais pessoas vivenciem essa experiência única.

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Fontes: TecMundo.

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Eduardo Mikail

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