Cientistas da RMIT University, em Melbourne, desenvolveram em 2020 uma inovadora pele eletrônica artificial que simula a capacidade da pele humana de reagir a dor, mudanças de temperatura e pressão. Esta tecnologia promissora pode revolucionar o campo da Engenharia Biomédica, oferecendo avanços significativos em próteses inteligentes, robótica avançada e alternativas não invasivas para enxertos de pele. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!
O que é pele eletrônica artificial?
O protótipo criado pelos pesquisadores da RMIT imita a resposta do corpo a sensações dolorosas com a mesma rapidez do sistema nervoso humano. Liderado pela engenheira Madhu Bhaskaran, professora da RMIT University in Melbourne e líder do projeto, destaca a importância da pele como o maior órgão sensorial, projetado para enviar sinais rápidos de alerta em resposta à dor.
"O protótipo desenvolvido é um passo crítico à frente no desenvolvimento futuro de sistemas sofisticados de feedback para fornecer próteses realmente inteligentes e robótica inteligente." - Madhu Bhaskaran.
Além do protótipo para detecção de dor, os pesquisadores também desenvolveram dispositivos eletrônicos capazes de detectar mudanças de temperatura e pressão. Juntos, os três visam fornecer à pele eletrônica a capacidade de detecção de estímulos da pele real.
Tecnologias inovadoras da pele eletrônica
A nova pele eletrônica combina três tecnologias patenteadas pela equipe de pesquisa:
- Eletrônica Extensível: Utiliza materiais óxidos e silício biocompatível para criar eletrônicos transparentes, inquebráveis e ultrafinos, semelhantes a adesivos.
- Revestimentos Sensíveis à Temperatura: Com camadas mil vezes mais finas que um fio de cabelo humano, esses revestimentos respondem rapidamente a variações de calor.
- Memória Eletrônica: Materiais que simulam a memória do cérebro, permitindo que a pele eletrônica retenha e recorde informações anteriores.
Combinando essas tecnologias, o protótipo consegue detectar e reagir a estímulos como pressão, dor e mudanças de temperatura, possibilitando distinguir entre diferentes tipos de toque, como uma agulha ou um dedo.
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Impacto futuro e publicações
A pesquisa foi publicada na revista Advanced Intelligent Systems e já possui uma patente (clique aqui para conferir o artigo). Este avanço representa um passo significativo no desenvolvimento de sistemas de feedback sofisticados para próteses verdadeiramente inteligentes e robótica inteligente.
Você acha que essa inovação pode transformar a Engenharia Biomédica? Deixe sua opinião nos comentários!
Fontes: RMIT Australia; TechXplore.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.