Engenharia 360

O Legado de Inclusão e Desempenho das Paralimpíadas 2024

Engenharia 360
por Redação 360
| 02/09/2024 | Atualizado em 06/09/2024 5 min
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O Legado de Inclusão e Desempenho das Paralimpíadas 2024

por Redação 360 | 02/09/2024 | Atualizado em 06/09/2024
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Engenharia 360

O esporte é uma das forças mais transformadoras de uma sociedade, inspirando sempre a engenharia no desenvolvimento de novas tecnologias. As Paralimpíadas, por exemplo, são praticamente um evento-vitrine de soluções em próteses, cadeiras de rodas e outras ideias inovadoras. Essa oportunidade surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, quanto o movimento de reabilitação de soldados feridos incentivou as competições. Agora, a busca por medalhas impulsiona os avanços tecnológicos ainda mais.

Neste artigo do Engenharia 360, queremos conversar com você sobre como a engenharia do esporte tem contribuído para uma melhora da qualidade de vida de milhões de pessoas com deficiência. Em especial, falar sobre o legado das Paralimpíadas. Confira a seguir!

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Paralimpíadas 2024
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Paralimpíadas 2024
Imagem reproduzida de Blog Facens

O esporte como catalisador de mudanças

O neurologista alemão Dr. Ludwig Guttmann criou o primeiro centro de reabilitação do mundo, em Stoke Mandeville, na Inglaterra. E o cientista também organizou, em 1948, a primeira competição de veteranos, uma prova de tiro com arco. Justamente esse evento foi o que inspirou os Jogos Paralímpicos, sendo a primeira edição em Roma, no ano de 1960.

Desde então, os designers passaram a se dedicar a projetos que ajudam os amputados a levarem uma vida mais ativa e móvel. Por isso, podemos dizer que o esporte é um catalisador de mudanças, inclusive na engenharia. E o legado das Paralimpíadas vai além dos jogos, desempenhando um papel fundamental na inclusão de pessoas, combinando diversas áreas do conhecimento.

Graças ao esporte, às Paralimpíadas e o trabalho de engenheiros, a mobilidade e a independência de portadores de necessidades especiais, atletas ou não, têm se tornado uma realidade acessível para um número maior de pessoas.

Paralimpíadas 2024
Imagem reproduzida de Choose Paris Region

A evolução das tecnologias de próteses

A evolução das próteses, das cadeiras de rodas e outras engenharias é um reflexo direto do desenvolvimento do esporte paralímpico. Inicialmente, as atletas utilizavam modelos convencionais, que não eram adequados às demandas específicas das competições. Com o tempo, surgiram versões esportivas, projetadas para melhorar o desempenho atlético.

O desenvolvimento de novos materiais, técnicas médicas e cuidados de reabilitação têm contribuído para a evolução dessas tecnologias, o que naturalmente resultou num melhor desempenho dos atletas nas Paralimpíadas, especialmente no atletismo. Mesmo que alguns projetos de engenharia foquem inicialmente nos recordes e medalhas, todas as pessoas se beneficiam dessas inovações em seu cotidiano, o que só prova a versatilidade e a adaptabilidade das invenções.

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Paralimpíadas 2024
Imagem reproduzida de International Wheelchair Basketball Federation

O desenvolvimento de próteses modernas

A participação ativa dos pacientes em adaptação é crucial no desenvolvimento de próteses, cadeiras de rodas e outras tecnologias com melhor design e funcionamento.

Cada paciente tem necessidades específicas, e para cada um deles, há uma engenharia apropriada disponível. Isso requer uma avaliação multidisciplinar, tanto para atletas quanto para pessoas comuns.

Um exemplo são os modelos de próteses usados por amputados tibiais, que funcionam como molas, proporcionando uma impulsão superior à da musculatura da panturrilha. Dentro das paralímpicas, há regras para sua utilização; mas fora das competições, as opções de uso são ilimitadas, incluindo as versões eletrônicas, que respondem aos impulsos elétricos do corpo humano.

Vale citar também as novas próteses para corrida. Elas são feitas de materiais leves e flexíveis, como fibra de carbono, permitindo que os atletas realizem movimentos que imitam a biomecânica natural. Muitos outros designs modernos estão sendo aprimorados constantemente pela engenharia, com foco em estética, segurança e conforto.

Paralimpíadas 2024
Imagem reproduzida de Stade de France

No entanto, essa tarefa esbarra em limites, como o financeiro. E é triste dizer que essa busca pode levar à criação de dispositivos que ofereçam vantagens injustas em algumas modalidades esportivas. Por isso, as federações esportivas estabelecem regras rigorosas para garantir a igualdade entre os atletas.

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A batalha da engenharia pela inclusão social

Os Jogos Paralímpicos ajudam a conscientizar os engenheiros no seu papel na luta pela inclusão social. Pessoas portadoras de deficiência merecem assumir um papel mais ativo na sociedade, sem barreiras físicas, sem disfuncionalidades, sem preconceitos. E o trabalho dos designers, juntamente com o esporte, pode ajudar a mudar a mentalidade de todos, agregando valor (mais do que devido) aos indivíduos PcDs.

Nesse processo, a tecnologia por trás das próteses deve ser constantemente desafiada a se manter no limite, buscando sempre a excelência, o melhor desempenho possível. E graças aos avanços da tecnologia (fruto desta relação ciência e esporte), podemos esperar dispositivos cada vez mais personalizados, inteligentes e conectados - incluindo próteses controladas por pensamento. A bioimpressão, por exemplo, está facilitando a fabricação de modelos sob medida e a um custo mais barato.

O futuro do esporte e o legado das Paralimpíadas

Enfim, podemos concluir que o esporte paralímpico contribui para a quebra de paradigmas e a redução do preconceito, onde os atletas são valorizados por suas habilidades e potencialidades individuais. Ele também promove o surgimento de novos projetos de engenharia de próteses, cadeiras de rodas e além, levando mais independência, mobilidade e qualidade de vida a pessoas com deficiência - dentro ou fora das competições.

Paralimpíadas 2024
Imagem de Alessandra Cabral, CPB, reproduzida de Comitê Paralímpico Brasileiro

Apesar de tudo, o tema "'acessibilidade às novas tecnologias de ponta" ainda requer novas discussões. O esporte por si só não consegue promover milagres sem a conscientização sobre inclusão. Quanto a isso, devemos cobrar mais os governos, organizações e sociedade civil para que haja um esforço conjunto, garantindo que todos tenham acesso às oportunidades que merecem.

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Fontes: Olimpíada Todo Dia.

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