Engenharia 360

O reator alemão que pode substituir as formas de produção de energia utilizadas até hoje

Engenharia 360
por Luciana Reis
| 23/02/2016 2 min

O reator alemão que pode substituir as formas de produção de energia utilizadas até hoje

por Luciana Reis | 23/02/2016
Engenharia 360

Uma máquina inovadora, e que possibilita uma alternativa de produção de energia, em substituição à geração a partir do carvão, do petróleo, por termoelétricas ou hidrelétricas. Este é o W7-X, o reator de fusão nuclear alemão que, depois de quase duas décadas, ficou pronto. A utilização, ainda em fase experimental, do Wendelstein 7-X  pode trazer importantes contribuições para os estudos que se prolongam pelos últimos anos sobre fusão nuclear para a produção de energia.

Imagem: Adaptado de IPP C.Bickel/Science

Imagem: Adaptado de IPP C.Bickel/Science



A construção do reator foi concluída pelo Instituto Max Planck de Física de Plasma, voltado à investigação da física do plasma e que está localizado na Alemanha. A novidade está no processo que leva à formação de energia dentro do reator, similar ao que acontece no interior de uma estrela. Dois átomos de hidrogênio são comprimidos até a formação de um átomo de hélio, o que geraria a energia. Para isso, são necessárias altíssimas temperaturas (por volta de 150 milhões de °C).
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Imagem: Wikimedia Commons

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O reator é uma espécie de stellarator, dispositivo utilizado para o confinamento do plasma quente com campos magnéticos. Em seus 16 metros de diâmetro, 470 toneladas de imãs são intercalados com espaços em que o plasma é aquecido com micro-ondas. O objetivo é que o interior da estrutura não seja derretido com o calor excessivo, uma vez que, para a geração de energia, o plasma deve estar confinado por um período de tempo para que ocorra a fusão.
A expectativa é que o W7-X, este grande stellarator, apresente um alto nível de qualidade e equilíbrio no confinamento do plasma, comparável a outro sistema desenvolvido pelos cientistas, o modelo tokamak, que permite que o plasma circule através de imãs e da corrente elétrica, com o objetivo de diminuir a perda de calor.
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Imagem: Instituto Max Planck de Física de Plasma //www.ipp.mpg.de/


O anúncio foi realizado em novembro de 2015, e todos os sistemas técnicos foram testados no último dia 10 de dezembro, conforme informações do Instituto Max Planck de Física de Plasma. É necessário, para que a utilização ocorra em grande escala, construir um sistema de distribuição de energia e testar em detalhes o que este reator pode oferecer. A expectativa de funcionamento e distribuição em larga escala é apenas para a partir do ano de 2050, mas sem dúvidas as últimas notícias e a conclusão da construção já são animadoras.
No vídeo a seguir (em inglês) é possível ter uma ideia do funcionamento deste reator:
çhttps://youtu.be/u-fbBRAxJNk[/embed]
Referências: IPP, Galileu, Hype Science, Daily Mail
 

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Luciana Reis

Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.

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