Engenharia 360

Nova tecnologia pode representar o fim dos cabos de internet na indústria

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por Larissa Fereguetti
| 23/12/2020 | Atualizado em 12/05/2022 2 min

Nova tecnologia pode representar o fim dos cabos de internet na indústria

por Larissa Fereguetti | 23/12/2020 | Atualizado em 12/05/2022

A pesquisa mostrou que o sinal se propagou melhor em ambientes industriais, o que pode contribuir para a eliminação do cabeamento para sinal de internet.

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A pesquisa mostrou que o sinal se propagou melhor em ambientes industriais, o que pode contribuir para a eliminação do cabeamento para sinal de internet.

Apesar dos grandes avanços na tecnologia sem fio nos últimos anos, a indústria ainda fica limitada aos cabos de internet (como Ethernet ou fibra ótima), uma vez que o sinal nem sempre é tão estável. Para resolver esse problema, um projeto de pesquisa criou uma tecnologia sem fio capaz de transmitir uma grande quantidade de dados por segundo em um ambiente industrial.

A ideia é de uma parametrização de um modelo de propagação de sinal de banda milimétrica. Segundo os pesquisadores, esse novo modelo é o primeiro passo para compreender como esse tipo de sinal se comporta em uma planta industrial e pode ter um impacto significativo no desenvolvimento da Indústria 4.0.

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A pesquisa é do Wireless Networks (WiNe) group at the Internet Interdisciplinary Institute (IN3), liderada pelos pesquisadores Cristina Cano e Xavier Vilajosana. Segundo Cristina Cano “Este estudo visa tornar a comunicação menos dispendiosa e mais flexível ao incorporar dispositivos móveis no processo de fabricação, algo que pode ser muito útil na mudança para a Indústria 4.0, pois permite, por exemplo, conectar braços robóticos livremente móveis para o processo de produção ou estabelecer comunicações para relatórios de dados e controlar ou interromper os diferentes componentes do processo em uma emergência, mas também pode permitir que o trabalhador faça parte do processo.”

Antes da implementação das bandas milimétricas na indústria, é necessário entender como elas se propagam nesse ambiente. Atualmente há vários modelos de propagação desse tipo de sinal de alta frequência, mas nenhum deles é em instalações industriais.

Imagem de robôs e tecnologias se conectando na Indústria 4.0
Imagem: expresscomputer.in

“Um modelo é uma representação da realidade que, por meio de equações, nos permite prever o que acontecerá com o sinal em cada ambiente. Existem vários modelos para bandas milimétricas em escritórios e ambientes urbanos, mas dificilmente existem em ambientes industriais. Esses tipos de instalações diferem de várias maneiras, o que pode interferir no comportamento do sinal sem fio, como a altura do teto, o material das paredes e pisos ou o tipo de maquinário que eles contêm. Nossa pesquisa nos permitiu, pela primeira vez, para estabelecer os parâmetros de um ambiente industrial.” afirmou Cano.

Os pesquisadores puderam medir o comportamento desse tipo de sinal no síncrotron ALBA, um que é acelerador de elétrons localizado em Barcelona. Ele permite a pesquisadores de todo o mundo realizar experimentos com luz síncrotron e foi escolhido por suas instalações apresentarem características que se assemelham a diferentes indústrias ambientes em grandes fábricas de produção, como instalações de refrigeração, salas de servidores ou salas experimentais. Ainda, segundo Cristina Cano, é difícil para que os pesquisadores tenham acesso a grandes plantas industriais.

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O que os pesquisadores concluíram é que ambientes industriais são benéficos para esse tipo de comunicação, pois permite que o sinal trafegue por diferentes caminhos, com a recepção reforçada, de modo que há maior cobertura. Para agilizar a pesquisa, o modelo está disponível para toda a comunidade acadêmica. A pesquisa completa foi publicada na revista IEEE Transactions on Wireless Communications.

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Fontes: Universitat Oberta de Catalunya

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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