Veja só se você já vivenciou essa situação com seu chefe? Depois de trabalhar, trabalhar e só trabalhar, teve a sensação de que não recebeu nenhum reconhecimento. Já? Acredite, isso é bem mais comum do que imagina e acontece no mundo inteiro.

Uma pesquisa realizada pela consultoria global de gestão de negócios Hay Group, a partir de informações de 95 mil líderes de mais de 2.200 organizações de diversos países, analisou o comportamento desses chefes para com os funcionários. O resultado indicou que a maioria dos chefes desmotiva seus colaboradores. E a chefia brasileira entrou nessa lista: 63% de 3.089 dos líderes do Brasil deixam a desejar no quesito harmonia de equipe.

Estudiosos pressupõem que o baixo desempenho organizacional é consequência da liderança ultra exigente e autoritária. Se o grupo recebesse um incentivo de seus superiores, à performance seria outra, ou seja, bem mais elevada.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard definiu seis estilos de liderança predominantes entre os chefes. Confira a descrição de cada um e tome como exemplo aquilo que deve ou não ser feito para ser um bom chefe!

Afetivo

Esse tipo de chefe acredita que o desempenho pode melhorar muito sendo carinhoso com os colaboradores. Quase sempre dão mais atenção às pessoas que ao trabalho pelo qual são responsáveis. Eles também costumam ficar aflitos caso algum funcionário esteja passando por maus momentos. A maior vantagem desse estilo é o aumento da estima da equipe.

Democrático

A união faz a força! É o que pensa esse chefe, que escolhe dividir suas responsabilidades com a equipe, ou, pelo menos, parte dela para alcançar metas. Para ambientes de trabalho em que há falta de espaço para opinar, esse estilo é tiro na queda, porque ajuda em tomadas de decisões difíceis como a reestruturação da empresa.

Coercitivo 

Esses são os famosos mandões, eles amam delegar. Estão sempre atentos aos resultados e se algo está errado, será o primeiro a criticar. Mas não vá esperando que ele te encha de elogios se você entra um projeto impecável, eles são péssimos em admitir o bom desempenho do funcionário. Apesar do jeito explosivo e sério, esse estilo é um dos mais assertivos em relação à administração da empresa.

Dirigente

Esses líderes pensam no futuro. Suas metas a longo prazo serão atingidas com muito trabalho em equipe e, para isso, existe bastante diálogo e motivação por parte deles. São mestres em criar climas harmoniosos acreditando na criação de um verdadeiro time para percorrer uma só direção.

Modelador

Esse é o conhecido dono da verdade. Inflexível, deseja que as coisas caminhem do jeitinho que pedir, e sendo assim, opiniões alheias não são bem-vindas. Apesar de ser uma personalidade difícil de lidar, esse tipo de liderança pode ser necessário em situações em que os colaboradores precisam de rápidos e bons resultados. O projeto realizado à sua maneira, com direito a passo a passo detalhado, pode agilizar o alcance de metas.

Treinador

Esse chefe sempre está com a cabeça a mil por hora. Ele é capaz de arriscar o desempenho da empresa a curto prazo para enxergar bons resultados no futuro. Não se cansa de convocar reuniões para readequar projetos, realocar funcionários e experimentar novas ferramentas. Seu maior desafio é descobrir qual é a melhor função para cada colaborador, considerando os pontos fortes e fracos. Pode parecer confuso, mas é cheio de boa intenção: uma equipe mais promissora.

Dentro desses seis estilos, especialistas afirmam que para se tornam um chefe ideal é necessário a capacidade de adaptação para usar de quatro a mais estilos de liderança. Pois cada um deles tem sua utilidade.

E você, já identificou o estilo que predomina em seu chefe?

Imagens: Shutterstock.

Lucie Ferreira

Jornalista especializada.