A energia solar vem se destacando como uma das tecnologias mais promissoras como a solução tão buscada para o problema energético que o Brasil atravessa, onde a grande dependência das usinas hidrelétricas acaba causando grandes transtornos, como ficou escancarado em meio ao período de pouca chuva nos últimos dois anos, causando aumento nas contas de energia elétrica e água em grande parte do país, além de um racionamento com poucos precedentes. Entretanto, esse cenário tende a mudar substancialmente nos próximos anos, graças à evolução tecnológica e burocrática ao redor dos painéis fotovoltaicos.
A ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) anunciou a aprovação de uma medida que irá trazer grandes melhorias para o planejamento governamental de incentivar o desenvolvimento da geração de energia solar. A partir de agora, não somente casas e edifícios residenciais, mas também o comércio e até o setor industrial poderá aplicar o chamado Sistema de Compensação, um modelo que basicamente permite que o até então cliente da concessionária de energia, possa "vender" a energia gerada através de painéis solares, recebendo este valor em forma de abatimento nas contas de luz posteriores.
Outro ponto bastante positivo da nova medida é a redução significativa da burocracia envolvida. O processo foi todo simplificado, diminuindo de 90 para 34 dias a solicitação do Sistema de Compensação por parte dos interessados, tendo agora apenas uma única etapa de envios e recebimentos de documentos.
Além disso, o grande anúncio feito pela ANEEL ficou por conta do Autoconsumo Remoto, que é a possibilidade de se utilizar áreas em locais mais afastados do centro urbano, geralmente possuindo uma maior incidência de raios solares e maior área para instalação, e com essa energia gerada realizar a compensação nos valores das contas de outros locais, sendo uma estratégia muito interessante principalmente para o setor industrial, necessitando apenas de ambos locais estarem na mesma área de concessão de energia elétrica.
Com a implementação deste modelo menos burocrático e mais vantajoso para o gerador de energia de pequeno e médio porte, a expectativa é a de que a penetração de células fotovoltaicas nos principais centros urbanos seja cada vez mais cotidiano. A expectativa por parte da ANEEL é a de que em 2024 o número de produtores de energia espalhados pelo Brasil ultrapasse a casa de 1,2 milhão, contra apenas centenas em pesquisa realizada em 2012.
Fonte: SolarEnergy
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Eduardo Mikail
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