Já comentamos em outra oportunidade aqui, no Engenharia 360, sobre a gasolina sem petróleo que o Chile estava produzindo. Na época, o setor ficou bastante animado, sobretudo projetando quando tal tecnologia chegaria a outras nações, mudando o cenário do mercado global. Agora, mais recentemente, foi anunciado pelo governo brasileiro a intenção de pôr em prática uma iniciativa ambiciosa para a transformação do cenário energético nacional, o Projeto de Lei do Combustível do Futuro. Continue lendo este artigo para saber mais!
O que é "e-fuel" e como ele é produzido?
Antes de tudo, queremos explicar o conceito de "e-fuel". Pois bem, trata-se de um tipo de gasolina sintética ou gasolina sem petróleo, feita a partir de fontes renováveis, como hidrogênio de dióxido de carbono. Justamente essa alternativa mais sustentável e ecológica à gasolina convencional, derivada do petróleo, é que o mercado global está mirando neste momento - até porque o produto oferece uma boa compatibilidade com motores de combustão interna, ou seja, seu carro convencional não precisaria de modificação para utilizar o combustível.
Nesse caso, a água é submetida à eletrólise para separar o hidrogênio, combinado com o dióxido de carbono para criar o metanol sintético. Em seguida, são feitos refinamentos e adições de derivados para obter combustíveis semelhantes aos utilizados em carros, como eGasolina, eDiesel ou eQuerosene. Então, seria um processo com menos emissões de gases de efeito estufa e menos dependência do petróleo!
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Quais são os principais desafios enfrentados na produção em larga escala de e-fuel?
Agora o Brasil, através no novo Projeto de Lei, orçado em R$ 250 milhões, poderá investir mais nesse caminho, promovendo mais o uso de e-fuel no país. Aliás, por aqui, já existem empresas envolvidas na produção de gasolina sem petróleo, como a Petrobras e até a Porsche - no nosso vizinho, Chile, empresas como a Audi e a Bosch. Claro que a barreira ainda são os custos, sem contar a competitividade com os próprios combustíveis fósseis, a demanda por tecnologia avançada, bem como a disponibilidade de energia renovável. Por outro lado, é possível explorar a infraestrutura de abastecimento existente.
No fim das contas, se tudo der certo, esse será um importante passo do Brasil em direção a uma matriz energética sustentável, contribuindo para a mobilidade e a preservação ambiental. Resumindo, um futuro mais limpo para todos!
Como o Brasil planeja seguir o exemplo do Chile na produção de e-fuel?
Como pode-se imaginar, todo esse processo, do abandono dos combustíveis fósseis para a utilização 100% do e-fuel no Brasil, não ocorrerá de uma hora para outra. O governo projeta primeiro a criação de um marco regulatório para os combustíveis sintéticos, estabelecendo diretrizes e regulamentações necessárias para produção segura de novos combustíveis. Na sequência, aumentar o percentual de etanol na gasolina para reduzir as emissões de CO2. Investir mais em fontes de energia limpa e renovável, como hidrelétricas, eólicas e solares. Por fim, repassar mais recursos para essa produção de combustíveis sintéticos. A expectativa é de um maior estímulo para a produção local da gasolina sem petróleo.
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Em entrevista para alguns veículos de imprensa, o Ministro de Minas e Energia destacou que o Projeto de Lei do Combustível do Futuro deve impactar positivamente a matriz energética do Brasil. Por consequência, pode contribuir para a redução dos preços dos combustíveis nas bombas e promover a independência energética do país, incentivando o uso de biocombustíveis e energias renováveis.
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Fontes: Jornal O Sul.
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Eduardo Mikail
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