A ponte está sobre o rio Oiapoque, na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. De um lado, o vilarejo de Oiapoque, localizado ao norte do estado do Amapá. Do outro lado está St. Georges, povoado da Guiana Francesa. E em meio à paisagem da Amazônia, está uma ponte de estrutura moderna, construída com o objetivo de ligação entre as duas localidades, mas que até agora não foi inaugurada.
Em reportagem especial da BBC, os moradores brasileiros que residem há mais tempo na região afirmam que a história da construção da ponte começou ainda na década de 70, e foi anunciada em 1997 pelos presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e pelo presidente da França, Jaques Chirac. A Guiana Francesa é o único país da América do Sul que pertence a uma ex-colônia, neste caso, à França. Pertencente à União Europeia, a moeda circulante na Guiana Francesa é o euro.
A ponte, de 378 metros, ficou pronta em junho de 2011, e teve um custo de aproximadamente 30 milhões de dólares (hoje equivalente a mais de 121 milhões de reais). Os gastos foram divididos entre o Brasil e a França, e um dos motivos apontados para o atraso na entrega da ponte é a pendência do pagamento da última parcela sob responsabilidade do governo francês. Burocracia na documentação, crise econômica no Brasil e até mesmo divergências sobre quais seriam as vantagens e desvantagens da ponte são alguns dos fatores que também são influenciam no atraso da entrega da construção.
Para ultrapassar a fronteira rumo à Guiana Francesa há a exigência de visto para os brasileiros, o que também leva a divergências, uma vez que para o caminho inverso não há esta necessidade. Com relação à estrutura para além da ponte, na Guiana Francesa, a rodovia que liga St. Georges à capital Caiena já foi concluída, mas a estrada que liga o Oiapoque a Macapá permanece com trechos ainda sem asfalto.
Atualmente, a travessia é realizada por barcos e a facilidade de acesso é vista como uma possibilidade de desenvolvimento do comércio e agricultura, principalmente na Guiana Francesa, a partir de um aumento do fluxo de pessoas e de mercadorias do Brasil. A ponte já apresenta sinais da passagem do tempo sem o uso, como a pintura e estrutura já deterioradas.
A nova previsão é de que a ponte seja inaugurada no primeiro semestre de 2016, antes do início das Olimpíadas. Será necessário aguardar ainda mais para atestar os resultados e as vantagens da ponte na travessia entre os dois países.
Referências: BBC Brasil, Folha de S. Paulo
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Luciana Reis
Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.