Engenharia 360

Engenheiros chineses pretendem finalizar o “Sol artificial” ainda este ano

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por Larissa Fereguetti
| 04/04/2019 | Atualizado em 06/06/2022 2 min
Imagem: futurism.com

Engenheiros chineses pretendem finalizar o “Sol artificial” ainda este ano

por Larissa Fereguetti | 04/04/2019 | Atualizado em 06/06/2022
Imagem: futurism.com
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Os chineses já mostraram, várias vezes, que, quando o assunto é Engenharia, eles não brincam em serviço. Parece que não podem ver um desafio pela frente, não é mesmo? O mais recente é o de construir seu próprio "Sol artificial".

Sol artificial
Imagem: youtube.com

Isso mesmo, você não leu errado. Os engenheiros chineses pretendem construir um “Sol artificial". O mais impressionante é que eles querem terminar o projeto ainda em 2019. Mas calma, vamos entender o que exatamente é isso.

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O que é o "Sol artificial"?

Esse "Sol artificial" é, na verdade, um reator chamado Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST). Com ele, os engenheiros poderão simular a mesma fusão nuclear que ocorre no Sol. O objetivo é gerar energia limpa.

No final do ano passado, a equipe de pesquisas do EAST anunciou que o reator atingiu 100 milhões de graus Celsius. Só de pensar que nós já derretemos de calor com menos de 40 graus, já é possível imaginar o que 100 milhões não fazem, certo?

Engenheiros chineses pretendem finalizar o “Sol artificial” ainda este ano
Imagem: techworm.net

Vale destacar que, no núcleo do Sol, a temperatura atinge cerca de 15 milhões de graus Celsius. Porém, os cientistas acreditam que a temperatura mínima para produzir uma reação de fusão nuclear autossustentável na Terra é mais elevada, chegando aos 100 milhões de graus Celsius.

O que acontece é que, na fusão nuclear, dois átomos são combinados em um, liberando energia. Porém, quando esse processo ocorre no Sol, há uma pressão enorme, a qual não é suportada pelos equipamentos já disponíveis na Terra. Como a pressão é inviável, o segundo fator que pode contribuir para a fusão nuclear é a temperatura. Então, é preciso ter uma temperatura extrema (maior que a do Sol) para que a fusão ocorra.

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Com isso, eles já tinham ferramentas para dar os próximos passos em direção à fusão nuclear e, consequentemente, alcançar uma fonte de energia limpa. O maior empecilho agora é o tamanho do EAST, que não permite gerar energia em grande escala (ainda).


Fontes: Futurism; Galileu.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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