Engenharia 360

Brazuca: a engenharia da bola da Copa do Mundo do Brasil

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por Larissa Fereguetti
| 24/06/2014 | Atualizado em 25/08/2022 2 min

Brazuca: a engenharia da bola da Copa do Mundo do Brasil

por Larissa Fereguetti | 24/06/2014 | Atualizado em 25/08/2022
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Em 2010 você conheceu a Jabulani e, agora, em 2014, a Brazuca. A bola oficial da Copa foi criada pela Adidas, que afirma que “O design da Brazuca é inspirado nas cores vibrantes, na paixão e na tradição brasileira. A popular expressão ‘brazuca’ significa ‘brasileiro’ e descreve o modo de vida do país. As cores e o design dos seis painéis da bola foram inspirados nas fitas da sorte do Senhor do Bonfim da Bahia e simbolizam a paixão e alegria associadas ao futebol no Brasil.”

Mais de dois anos e meio, 600 jogadores, 30 equipes, 10 países e três continentes, tudo isso para garantir que a Brazuca não sofra as mesmas críticas que a Jabulani.  Mas, o que tem essa bola de tão especial?

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+ Painéis de poliuretano: seis painéis de poliuretano termosselados, ou seja, unidos pelo calor ao invés de costurados, mudando como a bola agita o ar e se desloca.

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+ Previsibilidade: a bola possui mais rugosidade que a Jabulani, afetando a velocidade do efeito knuckling effect, que o ocorre com baixa rugosidade e consiste no desvio da trajetória da bola por conta da resistência do vento quando ela atinge determinada velocidade. A Jabulani ficou famosa por seus “movimentos sobrenaturais” devido a tal efeito.

+ Efeito Magnus: uma rugosidade alta implica girar mais, causando o Efeito Magnus. Para que o chute com bola curva aconteça é preciso fazer com que a bola gire sobre seu próprio eixo. De tal maneira, cada lado da bola passa por uma velocidade diferente no ar e também por uma diferença de pressão, que exercerá uma força lateral na bola, a curva

+ Impermeabilidade: você e a sua turma de futebol de rua já devem estar cansados de gritar “não deixa cair na água” ou algo parecido quando estão jogando, pois ninguém merece uma bola molhada. Os jogadores da Copa não terão esse problema. A Brazuca possui uma taxa de absorção de água de apenas 0,2%, quase impermeável perto da sua bola tradicional. Tal impermeabilidade provém do poliuretano. Porém, como a água não é absorvida, ela permanece na superfície, diminuindo a rugosidade e aumentando o knuckling effect. Ainda bem que estamos no inverno.

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E se você ainda não entendeu o qual a relação da engenharia com isso tudo, pode assistir ao vídeo abaixo em que os engenheiros da NASA testam a aerodinâmica da Brazuca. Eles analisam como os fluidos se comportam ao entrar em contato com a bola de acordo com a velocidade da mesma, com a intenção de dar "lições de aerodinâmica" para estudantes e pessoas menos familiarizadas com os conceitos.

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[youtube //youtu.be/PH7cbLfxmbM]

Confira também a apresentação feita pelo fabricante aqui.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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