A matriz energética brasileira é bastante diversificada e conta com uma participação significativa de energias renováveis. Dentre essas fontes renováveis, destaca-se a energia solar, cuja contribuição tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos.
Qual a diferença entre matriz energética e matriz elétrica?
A matriz elétrica compreende as fontes de energia utilizadas para gerar eletricidade, enquanto a matriz energética engloba não apenas as fontes de energia para geração de eletricidade, mas também aquelas utilizadas para movimentar veículos, máquinas, entre outros. Portanto, a matriz elétrica está inserida na matriz energética.
No que diz respeito à energia solar, sua participação na matriz energética brasileira aumentou de 0,1% para 1,4% entre 2016 e 2018, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Embora ainda seja uma contribuição modesta, esse crescimento indica que o Brasil está dando os primeiros passos em direção a um maior investimento em energia solar.
Quanto o Brasil investe em energias renováveis?
Ao considerarmos especificamente os sistemas de geração centralizada de energia solar fotovoltaica, que abrangem usinas de grande porte conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia solar ocupa a sétima posição, ultrapassando a marca de 2 mil megawatts. À sua frente estão as fontes de energia hidráulica, biomassa, eólica, gás natural, carvão e petróleo.
Entre os anos de 2016 e 2018, foram instaladas aproximadamente 41 mil novas usinas de energia solar no país. Estima-se que, com o investimento em energias renováveis na matriz energética, o Brasil consumirá 116 milhões de barris de petróleo a menos até 2027. O Acordo de Paris estabelece a meta de que, até 2030, 45% da matriz energética nacional seja proveniente de fontes renováveis, enquanto em 2017 esse valor era de 43,2%.
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Qual a parcela de contribuição da energia solar?
No contexto da matriz elétrica, o crescimento da contribuição da energia solar é ainda mais interessante. A oferta interna de energia solar aumentou de 1,15% em 2013 para 6,8% em 2017, saltando de 6.578 GWh para 42.373 GWh. Anteriormente, a energia solar ocupava uma posição inferior em relação a outras fontes, como o óleo e a energia nuclear. No entanto, em 2017, a energia solar ficou atrás apenas da hidráulica e do gás natural. De modo geral, em 2017, 80,4% da matriz elétrica brasileira era composta por fontes renováveis.
No primeiro leilão de energia realizado em 2018, as usinas solares conseguiram oferecer energia a um preço 62,16% menor em relação ao preço inicial estabelecido. Isso significa que a energia solar alcançou um patamar de preço mais baixo do que as fontes tradicionais de energia.
Geração distribuída por painéis solares
O relatório do Ipea também menciona que, devido à sua modularidade, custo decrescente e adoção disseminada da tecnologia pela sociedade, a energia solar possui um excelente potencial de penetração nos próximos anos. Além disso, destaca-se o fato de que a geração distribuída de energia por meio de painéis solares apresenta um grande potencial no Brasil. O país possui uma alta incidência solar em seu território, o que aumenta a geração de energia pelos painéis e reduz o custo unitário. A geração distribuída ocorre nos locais onde a energia é produzida e consumida simultaneamente, como em residências, prédios comerciais e industriais.
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Custo da geração de energia fotovoltaica
Por fim, vale ressaltar que o relatório do Ipea também cita um estudo recente que constatou que o custo de geração de energia fotovoltaica em todos os municípios brasileiros é menor do que o custo da energia fornecida pelas distribuidoras na tarifa residencial com tributos. Essas informações deixam claro que a energia solar representa uma tendência para o futuro do setor energético no Brasil.
É importante destacar que esses dados foram atualizados até 2018, e desde então pode ter havido avanços e mudanças na matriz energética brasileira. Para obter informações atualizadas, recomenda-se consultar fontes confiáveis, como relatórios de instituições especializadas e órgãos governamentais responsáveis pelo setor energético.
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