Que o potencial brasileiro para a produção de energia renovável é imenso, ninguém discorda. Prova disso são os inúmeros parques e complexos de energia eólica e solar que foram inaugurados nos últimos anos, fora aqueles que estão em construção ou em vias de sair do papel.
O Piauí é um dos estados "recém-descobertos" pelos investidores internacionais, que buscam locais para a implementação de tecnologia para produção de energia. Em janeiro de 2016, por exemplo, foi inaugurado o Complexo Eólico Chapada do Piauí, no município de Simões, no Sudeste do estado.
Com capacidade de gerar 436 MW, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com 1 milhão de habitantes, o complexo recebeu investimento de R$ 1,5 bilhão e gerou três mil empregos diretos. E um novo parque eólico está a caminho, desta vez no município de Pio IX.
O novo empreendimento será instalado em uma área de 21 mil hectares e produzirá, aproximadamente, um gigawatt de energia. O projeto apresentado pela empresa alemã Wobben WindPower Enercon está orçado em R$ 9 bilhões.
Antes de iniciar a construção da planta de energia, os pesquisadores terão que medir o vento (de acordo com estudos preliminares, a capacidade de geração é satisfatória). Além disso, o plano inclui construir uma escola técnica para formar a mão-de-obra local. Portanto, a preocupação social também ocupa o topo da lista.
Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, o estado já é o quarto maior produtor de energia eólica do Brasil e tem o potencial para produzir 6 mil MW. Mas, enquanto a região não alcança esse número impressionante, os investimentos estrangeiros na área de energias renováveis continuam surgindo.
Outro exemplo é a empresa alemã Mayer Burger, que pretende instalar uma fábrica de placas de captação de energia solar no estado, além de atuar nos Platôs de Guadalupe e Tabuleiros Litorâneos, a fim de contemplar a região piauiense com energia renovável.
Vale lembrar, ainda, que o estado terá a maior usina solar da América Latina, em Nova Olinda, com capacidade de gerar 292 MW ao custo total de US$ 300 milhões, pela empresa italiana Enel S.p.A.
Fontes: Cidade Verde e Governo do Piauí.