Engenharia 360

Pesquisadores estudam ampliação de efeito de vulcão usando geoengenharia

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 22/08/2019 | Atualizado em 27/07/2023 3 min
Imagem de Pexels por Pixabay

Pesquisadores estudam ampliação de efeito de vulcão usando geoengenharia

por Larissa Fereguetti | 22/08/2019 | Atualizado em 27/07/2023
Imagem de Pexels por Pixabay
Engenharia 360

Atualização: Antes de falar melhor sobre a Geoengenharia, queremos destacar que, em julho de 2023, um estudo divulgado pela revista "Nature" revelou que diamantes são expelidos durante erupções vulcânicas devido a um processo nas placas continentais.

A saber, rochas com diamantes, chamadas kimberlitos, se formam no interior dessas placas quando ocorre estiramento durante a separação. Ao longo de milhões de anos, a perturbação no manto terrestre gera diamantes a partir de depósitos de carbono. Esse processo resulta na formação de magma kimberlito contendo diamantes, solucionando um antigo mistério sobre sua origem vulcânica.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO


Quando um vulcão entra em erupção, ele expulsa uma grande quantidade de partículas na atmosfera, a ponto de, em alguns casos, interromper o funcionamento de aeroportos. Entretanto, alguns cientistas viram uma perspectiva diferente nesse fenômeno e enxergaram uma oportunidade de combater o aquecimento global por meio da geoengenharia. Saiba mais neste texto do Engenharia 360!

Geoengenharia e as Possibilidades de Resfriamento Global

A geoengenharia é uma busca pela mitigação dos efeitos do aquecimento global e abrange uma lista de ideias que variam desde as mais simples até as mais curiosas e incomuns. Uma dessas ideias consiste em utilizar partículas semelhantes às liberadas durante erupções vulcânicas, com o intuito de criar uma camada de aerossol na atmosfera em uma implantação de longo prazo.

geoengenharia
Imagem de Adrian Malec por Pixabay

Analogias e Desafios da Geoengenharia relacionada às Erupções Vulcânicas

Para investigar os efeitos desse tipo de intervenção, os pesquisadores empregaram modelos sofisticados para simular o impacto tanto de um único evento similar a uma erupção vulcânica, como da implantação contínua de geoengenharia. Eles observaram que, independentemente do método utilizado para introduzir as partículas na atmosfera, houve uma rápida redução da temperatura na superfície, sendo que a terra resfriou mais rapidamente que o oceano.

Contudo, os resultados também revelaram que, no caso da erupção vulcânica, a diferença de resfriamento entre a terra e o mar foi mais pronunciada, resultando em padrões de precipitação distintos nos dois cenários. Em ambos os casos, houve uma diminuição na precipitação sobre o planeta Terra, o que acarretaria diversos efeitos negativos. Essa redução foi mais acentuada durante a simulação da erupção vulcânica.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

geoengenharia
Imagem de Gylfi Gylfason por Pixabay

É importante ressaltar que o estudo não defende o uso indiscriminado de partículas ou outras formas de geoengenharia, como jogar cinzas na atmosfera. Pelo contrário, os cientistas alertam para os riscos e destacam que as erupções vulcânicas são apenas analogias imperfeitas para a geoengenharia. Portanto, a abordagem mais eficaz e segura para combater as mudanças climáticas ainda é a redução das emissões de gases do efeito estufa, algo que já deveria ser de conhecimento geral.

Veja Também:


Fontes: Science Daily.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO

Continue lendo