No começo do mês de dezembro de 2020, as autoridades chinesas anunciaram o início das atividades do reator HL-2M, localizado na cidade de Chengdu, no sudoeste da China. O equipamento é capaz de gerar temperaturas de 150 milhões de graus Celsius, o que explica seu apelido "sol artificial".
Essa temperatura elevada é necessária para obter a chamada fusão nuclear. Nesse processo, dois núcleos atômicos se unem, originando um único núcleo, liberando uma quantidade colossal de energia. Em termos de comparação, um grama de hidrogênio feito através da fusão gera uma quantidade de energia igual à obtida pela queima de 20 toneladas de carvão. O equipamento inaugurado pela China foi desenvolvido para aproveitar essa energia da fusão nuclear.
O reator foi construído de modo a produzir um campo magnético extremamente forte, capaz de controlar a temperatura no seu interior. Mantendo o plasma longe das paredes, esse confinamento magnético impede que o HL-2M derreta.
A fusão nuclear libera baixas quantidades de carbono e poucos resíduos, e é por essa razão que entusiastas a apontam como uma forma eficiente de proteger o meio ambiente. Apesar das boas expectativas, alguns pesquisadores mantêm o ceticismo. Para Chary Rangacharyulu, especialista em física nuclear da Universidade de Saskatchewn (Canadá), o alto custo desses projetos, somado com o tempo que leva para produzir um modelo experimental, não a convence de que essa é a solução energética que precisamos.
Os reatores de fusão nuclear de hoje consomem mais energia do que produzem.
Fontes: BBC
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