Nota: No começo de outubro de 2023, data de atualização deste texto, chuvas intensas em Santa Catarina causaram estragos em 60 cidades, com uma morte, feridos e mais de 1 mil afetados. Isso acontece depois de uma série recorde de ciclones ter devastado o Rio Grande do Sul.
Anda em agosto, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta de nível laranja de perigo de onda de calor no Brasil, afetando principalmente Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, norte do Paraná, oeste de Goiás, sudoeste de Tocantins e o Triângulo Mineiro. As temperaturas neste final de ano podem ultrapassar facilmente os 40°C em algumas áreas.
A saber, essa onda de calor é causada por condições secas, aumento da insolação e pressão atmosférica, atuando como uma tampa de panela retendo o calor.
Os impactos das mudanças climáticas ficam cada vez mais evidentes com o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, resultante da atividade humana. E de forma surpreendente, para frear essa situação, o governo dos EUA propõem o investimento em aspiradores gigantes para capturar carbono como uma solução inovadora. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
Qual a estratégia para captura de carbono proposta pelos EUA?
A captura direta de carbono é considerada uma estratégia vital porque visa reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, especialmente o dióxido de carbono (CO2), que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Atividades como queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção industrial, têm aumentado as concentrações desses gases, levando a impactos climáticos significativos.
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Depois da captura da atmosfera, o CO2 deve ser armazenado em locais geológicos adequados, ajudando a mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas.
A saber, atualmente, a Occidental Petroleum Corp. lidera um projeto inovador no Texas para essa captura direta de carbono. Só o governo Biden já investiu substancialmente na tecnologia, totalizando US$ 3,5 bilhões.
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Como a Petrobras está envolvida nessa captura de CO2 no mundo?
A tecnologia de captura de CO2 é vista como uma estratégia vital para reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e mitigar o aquecimento global.
Veja Também: Contra o aquecimento global, rochas podem ser usadas para armazenar dióxido de carbono
No Brasil, a Petrobras desempenha um papel importante na captura e armazenamento de carbono. Atualmente, a empresa já captura o dióxido de carbono (CO2) emitido durante a produção de petróleo e o reinjeta nos poços para aumentar a produção. Além disso, a Petrobras está estudando o lançamento de um serviço de captura e armazenamento definitivo (CCS) para outras empresas. A empresa planeja estender esse serviço a outras indústrias, com um hub piloto no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, que tem a capacidade de capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano.
Como funcionariam esses aspiradores gigantes?
No setor do petróleo, por exemplo, a captura de carbono seria realizada instalando filtros nas chaminés das fábricas e unidades de produção, permitindo a captura do CO2 durante o processo produtivo. Esse CO2 capturado pode ser reinjetado em poços de petróleo, aquíferos salinos ou camadas de carvão não economicamente viáveis para mineração.
Além do setor de petróleo, outras indústrias também podem se beneficiar do armazenamento de CO2. Por exemplo, indústrias intensivas em emissões como siderurgia, produção de energia a partir de combustíveis fósseis e até mesmo algumas indústrias químicas poderiam explorar o armazenamento de carbono como parte de suas estratégias de redução de emissões.
Veja Também: Adaptação da engenharia às mudanças climáticas: desafios e oportunidades
Já o investimento dos Estados Unidos, de aspiradores gigantes funcionaria assim:
Captura Direta de Carbono (CDC)
O processo começa com a captura do CO2 presente no ar. Isso é feito por meio de materiais chamados "sorventes" ou "absorventes" que têm afinidade pelo CO2. Esses materiais são expostos ao ar ambiente, onde absorvem o CO2. Existem várias tecnologias que podem ser usadas para isso, como solventes químicos, materiais adsorventes ou reações químicas específicas.
Separação do CO2
Após a absorção do CO2, é necessário separá-lo dos materiais sorventes. Isso pode ser feito aplicando calor ou usando outros processos para liberar o CO2 dos sorventes. Esse CO2 purificado é então coletado para processamento adicional.
Armazenamento
Uma vez que o CO2 é capturado e separado, ele precisa ser armazenado para evitar que retorne à atmosfera. Existem diferentes opções de armazenamento, como:
- Armazenamento geológico: O CO2 é injetado em formações geológicas profundas e estáveis, como aquíferos salinos, camadas de rocha porosa ou depósitos de petróleo e gás esgotados.
- Mineralização: O CO2 reage com certos minerais na presença de água para formar compostos sólidos estáveis, reduzindo assim o risco de vazamento.
Monitoramento
Após o armazenamento, é importante monitorar o local para garantir que o CO2 permaneça confinado e não vaze de volta para a atmosfera.
Utilização do CO2
Em determinadas situações, o CO2 capturado pode ser empregado em outras utilizações, tais como melhoramento da recuperação de petróleo, fabricação de materiais e produtos químicos, como mencionado anteriormente, e até mesmo em processos agrícolas.
Como a captura de carbono pode contribuir para frera as mudanças climáticas?
A captura de carbono desempenha um papel fundamental na transição energética justamente ao combater as mudanças climáticas e reduzir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. Ela envolve a remoção direta de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e seu subsequente armazenamento em locais apropriados, impedindo sua liberação. Isso contribuiria, com certeza, para mitigar o aquecimento global e seus efeitos prejudiciais nos ecossistemas e comunidades.
No entanto, a tecnologia de captura de carbono enfrenta desafios significativos. Embora tenha potencial, está em fase de desenvolvimento e sua capacidade atual de captura é relativamente baixa. Questões de viabilidade técnica, custos e impactos ambientais precisam ser cuidadosamente avaliadas à medida que a tecnologia avança.
Em resumo, a inovação nessa área surge como uma estratégia cheia de potencial. Essas capacidades não apenas estimularão o avanço das tecnologias de captura de carbono, mas também têm o poder de incentivar a cooperação mundial na busca por soluções efetivas para as questões climáticas. Mantenhamos nossa esperança alta para esse cenário!
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Fontes: O Estadão.
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Eduardo Mikail
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