A Apple acostumou a gente com a Siri e também já nos habituamos a conviver com a assistente virtual da Google, mas, paralelamente, a Alexa (da Amazon) está se distribuindo em todos os lugares. A questão é que ela não está só nos nossos celulares e computadores, mas vem se tornando capaz de controlar mais de 85 mil produtos domésticos inteligentes, desde TVs e fones de ouvido até campainhas e lâmpadas.
Alexa aprendeu português
Aqui no Brasil, a Amazon vem chamando atenção principalmente
com as caixas de som Echo, incorporadas com Alexa que entende e fala português.
Um diferencial dos equipamentos da Amazon é o fato de empregarem microfones de
longo alcance para detectar comandos que, por exemplo, permitem controlar o
volume do som, gerenciar outros aparelhos conectados e até solicitar corridas
do Uber ou pedidos no iFood, por exemplo.
Em um cenário bastante além, Alexa está se espalhando por dispositivos smart que podem ser instalados em residências e escritórios, podendo executar mais de 100 mil funções e, de acordo com a ambição da Amazon, isso só tende a aumentar. A assistente processa bilhões de interações por semana, gerando grandes quantidades de dados sobre sua agenda, suas preferências e seu paradeiro.
Vale pontuar que os comandos da assistente podem se estender
a demais funcionalidades nos dispositivos de casa, desde que o usuário opte por
instalar tomadas inteligentes. Nesse cenário, Alexa pode passar a controlar
ventiladores, condicionadores de ar, trancas e vários outros equipamentos
simples que outrora não seriam considerados smart.
O que a Amazon pretende a seguir
A empresa quer que o assistente de voz passe de interações
passivas para interativas. Em outras palavras, isso significa que, em vez de
esperar e responder às solicitações do usuário, Alexa antecipará o que você
pode querer. Por exemplo, se você pedisse para reservar ingressos de cinema, o
Alexa poderia perguntar se você deseja fazer uma reserva em um restaurante ou solicitar
um serviço de transporte até o local.
Prestativo, não? Mas vale lembrar que isso, em escala ampliada e normalizado na sociedade, abre uma pauta de discussão imensa relacionada a ser coagido por IA, bem como a autonomia dos assistentes virtuais.
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O papel da inteligência artificial
As aspirações da Amazon e de demais companhias que pretendem refinar as habilidades de assistentes virtuais, com base nos padrões dos usuários, sem dúvida exigirá esforço de profissionais que atuam com inteligência artificial e aprendizado de máquina. No caso, Alexa está caminhando para se tornar mais inteligente e sofisticada dentro de alguns anos, combinando várias fontes de dados e usando métodos de aprendizado de máquina.
Alexa, suave na nave?
Fonte: MIT Technology Review. Amazon.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.