A comunicação, uma das habilidades humanas fundamentais, pode encontrar obstáculos de compreensão devido à diversidade linguística.
Embora possamos estudar e dominar línguas como o português e o inglês, a linguagem de sinais surge como outro importante meio de expressão.
É crucial lembrar que no Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é fundamental para a comunicação de pessoas com deficiência auditiva.
E, recentemente, surgiu uma inovação promissora que busca traduzir em tempo real essa linguagem: as luvas de tradução de sinais, um projeto apresentado pelo Engenharia 360.
O projeto revolucionário, denominado SignAloud, introduz um par de luvas tecnológicas desenvolvidas por Navid Azodi e Thomas Pryor, estudantes da Universidade de Washington e premiados pelo MIT. Seu objetivo principal é facilitar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva e ouvintes.
As luvas SignAloud traduzem a linguagem de sinais em tempo real através de sensores de movimento embutidos nas mãos, os quais transmitem dados via Bluetooth para um computador.
Este, por sua vez, analisa e traduz os gestos com base em uma extensa base de dados de movimentos.
Embora outros dispositivos semelhantes tenham sido desenvolvidos por cientistas, o diferencial do SignAloud está na sua ergonomia.
As luvas são leves, compactas e focadas estritamente nas mãos, permitindo que os usuários as utilizem como acessório prático sem interferir nas atividades diárias, mesmo cobrindo mais partes do corpo - ou, talvez, exatamente por isso.
Ao final, a tradução desses gestos de linguagem de sinais é apresentada em formato de texto ou voz.
Os criadores das luvas, Navid Azodi e Thomas Pryor, têm planos de expandir o projeto para além do inglês e explorar diversas aplicações médicas, incluindo o acompanhamento de pacientes em reabilitação pós-AVC. O prêmio do MIT, avaliado em US$ 10.000, será crucial para aprimorar essa tecnologia.
No mínimo, essas luvas poderiam ser úteis no ensino e aprendizado da linguagem de sinais, oferecendo traduções claras e compreensíveis dos gestos.
Em um cenário mais otimista, elas poderiam facilitar a comunicação entre pacientes com deficiência auditiva e profissionais da área médica, assegurando entendimento claro e preciso, ou até mesmo ser empregadas em situações de emergência, como em contextos militares.
Além disso, permitiriam a tradução em tempo real de palestras, eventos ou reuniões para pessoas com deficiência auditiva.
Isso poderia melhorar a inclusão e acessibilidade em ambientes públicos para indivíduos com deficiência auditiva.
Ademais, a integração com dispositivos inteligentes e assistentes de voz poderia aprimorar a fluidez e a integração na comunicação.
Fontes: Catraca Livre.
Imagens: Os devidos créditos encontram-se no artigo original do Engenharia 360.