O avanço da Inteligência Artificial tem sido um tema de crescente interesse e preocupação na sociedade contemporânea. Enquanto essa tecnologia tem o potencial de trazer avanços significativos em várias áreas, desde a medicina até a automação industrial, também desperta inquietações sobre seus possíveis efeitos negativos.
Neste contexto, surge a preocupação de como o avanço dessa tecnologia, que pode representar um perigo para a humanidade. No texto a seguir, do Engenharia 360, são expostos os possíveis riscos e desafios associados a essa evolução, sendo essencial uma abordagem responsável e consciente dela, garantindo que a IA seja desenvolvida de maneira segura e benéfica para a sociedade como um todo. Confira!
Compreendendo os diferentes modelos de Inteligência Artificial
Inteligência Artificial Estreita (ANI)
A definição de Inteligência Artificial Estreita (ANI) é que ela se concentra estritamente em uma única tarefa e realiza trabalhos repetitivos dentro de um intervalo predefinido. A saber, os sistemas ANI são treinados usando grandes conjuntos de dados e podem tomar decisões ou realizar ações com base nesse treinamento. Alguns exemplos de sistemas ANI são programas de xadrez que podem vencer campeões mundiais, assistentes virtuais como Siri e Alexa, robôs de limpeza, entre outros.
Inteligência Artificial Geral (AGI)
Agora, a Inteligência Artificial Geral (AGI) é alcançada quando uma máquina adquire habilidades cognitivas no nível humano, sendo capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que uma pessoa faz. Também conhecida como "IA forte", a AGI ainda é um objetivo em desenvolvimento e não foi totalmente alcançada.
Conhecendo os próximos níveis de aprimoramento da IA
Estamos atualmente na primeira etapa do desenvolvimento da IA, a ANI. A segunda etapa seria a AGI, em que as máquinas teriam habilidades cognitivas equivalentes às dos humanos. A terceira etapa seria a Superinteligência Artificial (ASI), em que a inteligência sintética supera a humana. Há debates sobre os riscos e benefícios associados a ASI, incluindo preocupações com seu potencial de superar e substituir os humanos. Alguns especialistas acreditam que a ASI pode trazer benefícios, enquanto outros alertam sobre os riscos associados a ela.
No entanto, opiniões divergentes existem no assunto. Ray Kurzweil, autor e inventor futurista, acreditava que a IA poderia superar barreiras biológicas e solucionar grandes desafios. Kurzweil previu que até 2030 os humanos seriam capazes de alcançar a imortalidade usando nanobots para reparar e curar danos em seus corpos.
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As preocupações dos especialistas quando à evolução tecnológica
Como dito antes, a AGI, ou Inteligência Artificial Geral, é conhecida como "IA forte" porque tem um amplo alcance de habilidades.
Os especialistas têm preocupações em relação ao desenvolvimento da AGI. Eles temem que essa superinteligência artificial possa ser alcançada depois da AGI e represente um risco para a sociedade e a humanidade.
Uma vez que a máquina atinja a inteligência equivalente à dos humanos, sua capacidade de se autoaperfeiçoar de forma recursiva e multiplicar sua inteligência rapidamente poderá nos ultrapassar e potencialmente levar à perda de controle sobre nossa civilização.
Essas preocupações levaram especialistas a pedir por regulamentações e medidas de segurança no desenvolvimento da inteligência artificial. Alguns afirmam que a IA possa já estar sendo usada para fins prejudiciais, como ataques cibernéticos, ou que possa levar à substituição de empregos humanos em larga escala.
Agora, numa perspectiva mais otimista, os efeitos da AGI e da ASI têm o potencial de resolver grandes desafios da humanidade, como a cura do câncer e as mudanças climáticas. Aliás, existem muitas outras visões otimistas de que a superinteligência artificial pode ser usada para melhorar a vida e superar limitações biológicas.
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O que dizia Stephen Hawking sobre a superinteligência artificial
A teoria por trás da ASI ultrapassando a inteligência humana é baseada no conceito de autoaperfeiçoamento recursivo. Quando uma máquina atinge um nível de inteligência equivalente à dos humanos, ela pode usar sua própria capacidade de aprendizado autônomo para aprimorar sua inteligência exponencialmente, avançando em direção à superinteligência.
Stephen Hawking, renomado cientista, alertava sobre os riscos da Inteligência Artificial completa, acreditando que máquinas superinteligentes representavam uma ameaça à existência humana. Ele afirmava que a IA poderia superar as capacidades humanas e competir de forma superior, o que poderia levar ao fim de tudo. Geoffrey Hinton, pioneiro no setor, também expressou preocupações sobre o desenvolvimento da IA.
O futuro da IA e possíveis aplicações positivas
Alguns especialistas sugeriram a regulação da Inteligência Artificial e a interrupção temporária do treinamento de programas mais avançados para garantir a segurança e a responsabilidade. O governo dos Estados Unidos convocou as principais empresas de IA para discutir a promoção da inovação responsável e a mitigação dos riscos da tecnologia.
Em relação às possíveis aplicações positivas, a IA generativa já está sendo usada para gerar conteúdo original, como textos e imagens, e substituir tarefas humanas em diferentes áreas, desde estudantes fazendo o dever de casa até políticos usando-a para discursos. Além disso, a IA tem o potencial de resolver grandes desafios da humanidade, como a mudança climática e a cura do câncer, de acordo com Sam Altman, da OpenAI, em reportagem de BBC.
Regulamentação da Inteligência Artificial
abemos que a regulamentação da Inteligência Artificial é urgente e complexa! E a aprovação da UE, encaminhada ainda em 2023, serve como referência para outros países, como o Brasil.
É que a rápida evolução da tecnologia dificulta a definição de um conceito para a IA. Nesse cenário, a regulamentação é necessária devido aos riscos para a sociedade e direitos fundamentais. A classificação de risco proposta pela UE é uma abordagem interessante. Uma regulação abstrata seria mais eficaz para acompanhar os avanços tecnológicos.
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Fontes: BBC.
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Eduardo Mikail
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